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CNA mostra oportunidades para Brasil aumentar exportações de café para a China
Estudo cafe

Estudo do escritório da Confederação em Xangai, em parceria com a InvestSP, revelou que consumidores chineses buscam produtos com sabores mais refinados

21 de setembro 2020
Por CNA

Brasília (21/09/2020) – A busca dos consumidores chineses por cafés com sabores mais refinados e o aumento das vendas online, em razão da Covid-19, podem gerar oportunidades para o Brasil ampliar as exportações de café solúvel para a China e expandir a participação do agro brasileiro no mercado asiático, tanto no físico quanto no e-commerce.

É o que mostra um estudo sobre o mercado chinês de café, elaborado pelo escritório internacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Xangai, em parceria com a InvestSP. Segundo o documento, a entrada do café solúvel nos canais de distribuição físico e online pode ser uma boa iniciativa para que os consumidores chineses conheçam o produto brasileiro gradualmente.

O café solúvel é o principal tipo do produto consumido pelo asiático, mas o estudo aponta que há espaço para outros tipos. “Estima-se que o café torrado e moído possa se tornar um mercado incremental ao solúvel quando a percepção do café na China sofrer uma transição de “produto de luxo” para bebida de hábito diário”, diz o estudo.

Apesar de o país asiático ser um dos maiores comerciantes, consumidores e produtores de café do mundo, o documento do escritório de Xangai mostra que consumo per capita ainda é muito baixo e tem um enorme potencial para crescimento. O chinês bebe, em média, de 4 a 5 xícaras por ano, enquanto japoneses e norte-americanos consomem anualmente 360 e 400 xícaras, respectivamente.

De acordo com o estudo, a taxa média de crescimento anual do consumo de café na China é positiva e nos últimos cinco anos girou entre 7% e 17%, nível superior aos 2% globais. Além disso, o país está diversificando as origens do café adquirido nos últimos anos. A proporção do grão importado de outros países asiáticos tem diminuído, enquanto a procura por cafés africanos e latino-americanos cresceu nos últimos anos.

A participação da América Latina nas importações do país asiático subiu de 15% em 2017 para 24% no ano passado. A parcela africana passou de 5% para 10% no mesmo período, enquanto outros países asiáticos que vendem café para a China tiveram o market share reduzido de 58% há 3 anos para 40% em 2019.

Atualmente, o café do Brasil está qualificado e liberado para exportação para a China na modalidade de acesso facilitado. Dados da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) revelam que, em 2019, o valor das importações de café brasileiro pelo país asiático totalizou mais de USD 24 milhões, um aumento de 12% em relação a 2018.

O escritório da CNA em Xangai também realizou uma pesquisa de campo em pontos de venda como supermercados e atacadistas da cidade. A pesquisa apontou ampla popularidade do café em pó solúvel e instantâneo entre os consumidores, por oferecer maior conveniência no preparo. Nesta categoria de produto, o café com leite tem presença forte nos canais de venda físico e online.

E-commerce – Segundo a publicação da CNA, em comparação aos canais tradicionais, a venda online tem conquistado maior espaço no mercado, em razão do alto grau de desenvolvimento do e-commerce na China. Dados do estudo, baseados em informações de plataformas virtuais, mostram que os pedidos online de café aumentaram 60% em 2018 na comparação com o ano anterior, enquanto o universo de lojas virtuais se expandiu em 32% no mesmo período.

Outros dados compilados pelo escritório da CNA em Xangai apontam que o faturamento de vendas de café online cresceu 169% nos primeiros quatro meses de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.

“Neste contexto, é impossível ignorar o e-commerce como um ponto de venda potencial para o café brasileiro. O impacto da Covid-19 fez com que os chineses comprassem ainda mais online no primeiro semestre de 2020, o que obrigou as plataformas a melhorarem seus modelos de negócios e capacidades tecnológicas”, conclui o estudo.

Clique aqui para ler o estudo.

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