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CNA divulga resultados do Campo Futuro em 2018
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Alta dos custos, queda nos preços e paralisação dos caminhoneiros contribuíram para redução da margem dos produtores rurais

24 de outubro 2018
Por CNA

Brasília (24/10/2018) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nesta quarta (24), em Brasília, os resultados e as ações do Campo Futuro em 2018, no quarto seminário nacional sobre o projeto. As informações foram compiladas a partir do levantamento dos custos de produção de várias atividades agropecuárias em 129 painéis realizados neste ano.

O projeto é uma parceria entre CNA, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), universidades e instituições de pesquisa para reunir dados sobre a produção agropecuária, além de orientar o produtor na tomada de decisões e promover a capacitação para o aprimoramento da gestão na propriedade rural.

Na abertura do evento, o vice-presidente da CNA, Muni Lourenço Silva Júnior, destacou a importância do projeto para ajudar o produtor rural a ter uma gestão mais eficiente nos negócios e na proposição de políticas públicas em temas como seguro rural, crédito, infraestrutura e tributação, entre outros.

“No Brasil, a atividade rural é sujeita a questões climáticas, oscilações de preços de produtos comercializados e alta dos insumos, que em grande parte vêm de fora. Neste ano, em especial, tivemos o tabelamento do frete, que agravou a questão da gestão das propriedades rurais. E esse projeto tem contribuído de forma muito estratégica para nortear as ações da CNA para defender os interesses do produtor e garantir mais rentabilidade”.

Resultados – Em 2018, os resultados do Campo Futuro mostram, na média, que a atividade agropecuária teve significativa redução da margem de rentabilidade. O comportamento foi impactado pelos custos de produção, puxado pela alta dos preços de insumos como fertilizantes, energia, óleo diesel e rações, e outros fatores como a paralisação dos caminhoneiros.

“Nós observamos que, principalmente nas atividades pecuárias, houve uma redução significativa nas margens de produção e um incremento de custos em grande parte delas, principalmente por conta do aumento dos preços da ração”, explicou o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi.

Na agricultura, completou ele, soja e milho também apresentaram queda na margem, de 40% a 50%, por conta dos níveis menores de preços e maior oferta. Bruno Lucchi citou também o aumento dos preços dos fertilizantes de 16%, em média, do ano passado para cá.

“O produtor que comprou no segundo semestre encontrou valores 18% maiores em função da greve dos caminhoneiros e um câmbio mais elevado”.

A cana-de-açúcar foi outra cultura com retração na margem em razão do comportamento negativo no mercado de açúcar.

Após o evento, os participantes se dividiram em grupos para discutir os resultados de todas as culturas.

Aliança – Também foi assinado o termo de criação da Aliança Agroeconômica do Centro-Oeste, que será formada pela CNA e as Federações de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Mato Grosso (Famato) e Mato Grosso do Sul (Famasul) e terá a função de gerar análises, dados macroeconômicos e informações sobre a atividade agropecuária na região.

O assessor técnico do Núcleo Econômico da CNA, Diego Humberto de Oliveira, fez uma apresentação sobre o funcionamento da Aliança.

Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
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Fotos: Wenderson Araújo
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