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Boletim CNA destaca lançamento de plataforma para registro de tratores e máquinas agrícolas
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21 de novembro 2020
Por CNA

Brasília (21/11/2020) – O boletim semanal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de 16 a 20 de novembro traz como um dos destaques o lançamento da Plataforma ID Agro.

Essa é uma ferramenta desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para registro de tratores e máquinas agrícolas. O evento teve a presença da ministra Tereza Cristina, do vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, e do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira.

Também nesta semana foi realizado o Seminário Produção On Farm de Bioinsumos para discutir a produção desses insumos na propriedade e sua utilização pelos produtores rurais.

O presidente da CNA, João Martins, participou da abertura da Semana Internacional do Café, evento mais importante da cafeicultura brasileira e que neste ano foi realizado de forma virtual.

Produção on farm de bioinsumos

No último dia 17, a CNA realizou o Seminário Produção On Farm de Bioinsumos, em parceria com a Aprosoja Brasil, Abrapa e o Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS). Foram debatidos aspectos relacionados à eficiência, segurança e regulamentação da produção destes insumos na própria propriedade e sua utilização pelos produtores rurais. A CNA faz parte do Conselho Estratégico do Programa Nacional de Bioinsumos do Ministério da Agricultura, que tem, entre os seus objetivos, construir uma regulamentação que incentive a produção e o uso de bioinsumos e defina o protocolo para produção nas propriedades rurais. Saiba mais

Plataforma ID Agro

No dia 20, a CNA e o Ministério da Agricultura lançaram a Plataforma de Registro e Gestão de Serviços, Marcas, Tratores e Equipamentos, a ID Agro. A ferramenta foi desenvolvida para que os produtores rurais possam registrar tratores e máquinas agrícolas gratuitamente, atendendo à Lei 13.154/2015, que tornou obrigatório o registro dos tratores e demais aparelhos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas em um cadastro específico do Mapa.

Com esse registro na plataforma, os tratores terão um documento oficial que permitirá a circulação em vias públicas. A plataforma dará mais segurança aos produtores em relação a roubos e furtos, processos de financiamento e contratação de seguro do equipamento, já que a rastreabilidade estará garantida. Além disso, o produtor poderá fazer notificações de crimes na plataforma.

Os produtores podem acessar a Plataforma ID Agro por meio do aplicativo play.google.com. Atualmente está disponível apenas para Android, mas em breve também estará para iOS e na web. Saiba mais

Prêmio Brasil Artesanal

Nesta semana, a CNA também realizou a segunda fase do Prêmio Brasil Artesanal - Charcutaria, uma das ações do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais do Sistema CNA/Senar. Os cinco salames finalistas, selecionados por especialistas de uma comissão técnica na semana passada, foram submetidos à avaliação de um júri convidado. Os votos foram depositados em urnas lacradas, contados e acrescidos da pontuação obtida na etapa classificatória para a contagem da nota final de cada produto participante. O resultado do concurso será divulgado na próxima semana.

Frutas, hortaliças e flores

A segunda semana de novembro registrou bom desempenho das exportações de frutas, com 74 mil toneladas, média diária de 8,2 mil toneladas, 42% superior à média diária de novembro de 2019. Diante da valorização do dólar frente ao Real, as exportações têm garantido boa receita aos fruticultores.

Porém, mesmo não havendo registro de dificuldades para as exportações de frutas, a segunda onda de Covid-19, tanto na Europa quanto no Brasil, preocupa os fruticultores exportadores diante da possibilidade de interrupção da demanda e da logística. Os produtores de melão, manga, uva e melancia têm grandes embarques com destino ao continente europeu, programados ainda para 2020. Já produtores de maçã e mamão se preocupam com o primeiro semestre de 2021, que é o principal período de exportação para essas atividades.

Quanto à oferta de frutas, estima-se que há ainda 35% da produção de melão e melancia para ser colhida nos meses de novembro e dezembro. Para a manga, este percentual é de 40%, enquanto que, no caso da uva, a parcela é de 45%.

No mercado interno, a sazonalidade de produção e o aumento da oferta de alguns produtos podem reduzir os preços ao consumidor, como ocorreu com a batata, que recuou 5% na semana. O bom patamar de preço da batata, desde outubro, antecipou o início da colheita da safra das águas no Rio Grande do Sul e no Paraná. A associação com a colheita de batata da última parte da safra de inverno do Sudoeste Paulista, Cerrado e Sul de Minas Gerais ampliou a disponibilidade dos tubérculos no mercado e pressionou os preços.

O tomate também veio de bons resultados em outubro e registrou recuo nos preços pela segunda semana consecutiva, com 41% de retração na terceira semana de novembro. Tal fato é explicado pela intensificação da segunda parte da colheita da safra de inverno em Sumaré (SP) e no Sul de Minas Gerais, e pelo início da safra de verão em Itapeva (SP), Venda Nova (ES), Registro (PR) e Nova Friburgo (RJ).

Nessa semana, produtores e representantes da CNA participaram da reunião do Projeto Monitor de Seguros Rurais, do Ministério da Agricultura em parceria com a CNA e outras entidades representativas. O projeto tem o objetivo de avaliar produtos e serviços oferecidos pelas seguradoras e propor aperfeiçoamentos nos seguros agrícolas e no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Nessa semana, foram avaliados os produtos de seguro disponíveis para tomate, cebola, alho, batata, pimentão e mandioca.

Sucroenergético

A boa notícia para o setor é o aumento do consumo interno de açúcar. A mudança de hábito alimentar da população, durante a pandemia, com aumento de consumo de produtos industrializados de menor custo nos domicílios, resultou em forte crescimento da demanda pelo açúcar no mercado interno. Indústrias processadoras de alimentos aumentaram e anteciparam as compras, sustentando os preços mais altos do açúcar e reduzindo sua disponibilidade para a exportação.

Os contratos futuros fecharam em alta nas bolsas internacionais, em função do possível aumento do déficit global. Em Nova York, na ICE Futures, os lotes para março/2021 chegaram a ser comercializados acima de US$ 15,50 cents/libra. No final da semana, foram verificados recuos, mas com preços ainda remuneradores e acima de US$ 15 cents/libra.

No mercado doméstico, mesmo com a retração do câmbio, o açúcar cristal segue em alta. O indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal foi cotado acima de R$ 107/saca de 50 kg, acumulando alta em torno de 7% na parcial de novembro.

Em relação ao etanol, o setor entrou em alerta após a Comissão Europeia introduzir mecanismo de monitoramento das importações de etanol para combustíveis. A iniciativa foi motivada pelo aumento significativo das importações do biocombustível pelo bloco a preços considerados baixos. O mecanismo de monitoramento perdurará por um ano e foi regido pelo Regulamento de Execução UE 2020/1628 da Comissão, que entrou em vigor no dia 4 de novembro.

Grãos

Os preços internacionais da soja encerraram mais uma semana em alta. O contrato com vencimento em dezembro/2020 apresentou cotações acima de US$ 11,9/bushel. No mês de novembro, os preços já acumulam altas próximas a 10%. As preocupações com o clima na América do Sul e o excelente volume exportado semanalmente pelos Estados Unidos garantem o viés positivo das cotações.

A estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que a exportação americana de soja atinja 59,3 milhões de toneladas na safra 2020/2021. Desse total, 86% já foi vendido até meados de novembro. Nesse mesmo período da safra passada, apenas 40% do volume exportado já havia sido vendido. Os compradores têm garantido a originação nos EUA com receio de uma menor oferta na América do Sul.

No Brasil, as chuvas continuam irregulares no estado do Mato Grosso. A soja está em período vegetativo no estado. Em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná foram registradas chuvas na última semana. As previsões para as próximas semanas é o que preocupa os produtores. Segundo o Climate Prediction Center (CPC), são esperadas chuvas abaixo da média para as próximas duas semanas no Centro-Oeste e Sul do Brasil.

Segundo o indicador Cepea/Esalq, o preço da soja no Paraná ficou estável na última semana, próximo a R$ 165/saca. A queda da taxa de câmbio no Brasil ajudou a manter os preços em reais, apesar da alta no mercado internacional.

Para o milho 1ª safra, as chuvas da última semana amenizaram os problemas no Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina. De acordo com o Departamento de Economia Rural do Estado do Paraná (DERAL), 71% das lavouras de milho primeira safra são consideradas em boas condições de desenvolvimento de campo. No ano passado, 92% das lavouras estavam em boas condições.

No triângulo mineiro, o plantio está adiantado e algumas chuvas foram registradas na última semana. No Rio Grande do Sul, o estresse hídrico já levou a 490 comunicações de perdas para cobertura do Proagro até o dia 19 de novembro, indicando o alto risco climático e uma tendência de alta sinistralidade.

Assim como a soja, as cotações do milho permaneceram estáveis ao longo da semana. Segundo o indicador de preços do Esalq/B3, os preços de milho permaneceram próximos a R$ 80/saca, mas abaixo do preço recorde da última semana de outubro, de R$ 82,67/saca.

Quanto ao arroz, o plantio já foi finalizado em Santa Catarina. A Epagri/Cepa indica que 99% das lavouras estão em boas ou ótimas condições de campo. Entretanto, algumas regiões relatam dificuldade de manutenção da lavoura devido ao baixo volume de água estocado. No norte de Santa Catarina, o clima quente e nublado e as poucas chuvas têm favorecido a ocorrência de brusone.

No Rio Grande do Sul, o plantio do arroz atingiu 94% da área prevista e encontra-se adiantado em relação ao ano passado, de acordo com dados da Emater/RS-Ascar. Há limitação de água para irrigação em Bagé e Santa Rosa, mas nas demais regiões o desenvolvimento está em boas condições e há previsões de chuvas para o Rio Grande do Sul de 26 de novembro a 2 de dezembro, de acordo com o Inmet.

Em relação ao mercado de arroz, no levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio atingiu R$ 102,4/saca, queda de 0,37% com relação à semana passada.

Café

De 18 a 20 de novembro, foi realizada a 8ª edição da Semana Internacional do Café (SIC 2020). O maior evento da cafeicultura brasileira é também um dos cinco maiores do mundo e contou com a presença do presidente da CNA, João Martins, na abertura.

O evento foi realizado em formato 100% digital, com diversos debates sobre qualidade, mercado, consumo e produção. O Sistema Faemg/Senar, um dos principais organizadores da SIC 2020, divulgou nesta quinta os melhores cafés de Minas Gerais produzidos por cafeicultores assistidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Minas. O cupping da ATeG Senar Minas selecionou os três melhores cafés das Macrorregiões de Minas Gerais nas categorias Natural e Cereja Descascado. Além dos certificados de menções honrosas pela excelente qualidade, os produtores tiveram contato com compradores para comercialização de seus produtos.

Em relação ao clima, as chuvas avançaram pela região Sudeste do país, beneficiando as principais regiões produtoras de café. Porém, em muitas cidades do interior de São Paulo e Sul de Minas Gerais, as chuvas chegaram com fortes ventos e granizo, causando prejuízos a diversas culturas agrícolas.

As condições climáticas na América Central, importante origem para o café arábica, também podem comprometer a oferta global em 2021. O furacão Iota que se aproximou da região causou inundações e fortes ventos. Os danos ainda não foram estimados.

Diante dos eventos climáticos que podem reduzir a oferta mundial de café, o mercado reagiu com compra forte. Os contratos para o arábica com vencimento em março de 2021 apresentaram altas ao longo da semana, atingindo US$ 124 cents/libra, mas com leve retração no final da semana.

No mercado interno, mesmo com o recuo do câmbio, o indicador Cepea/Esalq para o arábica sustentou altas durante a semana, impulsionado pelos preços internacionais, chegando a ultrapassar R$ 590/saca de 60 Kg e acumulando aumento em torno de 10% na parcial do mês de novembro.

Aves e suínos

O mercado de frango de corte independente do interior de São Paulo voltou a operar em alta esta semana, cotado a R$ 4,6/kg, aumento de 1,1% em relação à semana passada. Os fatores para essa alta continuam sendo os mesmos desde o início do segundo semestre: pouca disponibilidade de animais e pressão dos produtores, geralmente tomadores de preço, por reajustes que cubram ao menos o aumento dos custos de produção. No mercado de produção integrada, não houve sinalização de reajustes nesta semana.

Segundo análise do Ovosite, os dados de outubro no varejo paulistano indicam que os produtores de ovos conseguiram melhorar a relação com o preço praticado na ponta final de comércio varejista, com o índice de participação mensal do preço na granja sobre o varejo evoluindo de 32,9% para 39,4%. O site ainda avalia que o mercado de ovos está trabalhando, no momento, com equilíbrio entre a disponibilidade de produto e a demanda. Ao que tudo indica, os negócios tendem a se manter firmes até o encerramento do segundo decêndio do mês. Nessa semana, a caixa de ovos brancos de 30 dúzias teve preço ao produtor de R$ 98,00.

Na suinocultura, a forte demanda de grandes agroindústrias por novos lotes de suínos no mercado independente e a oferta reduzida de animais em peso ideal de abate mantiveram os preços do suíno vivo ainda em alta essa semana. No entanto, o fechamento das bolsas estaduais na quinta-feira indica preços menores para os próximos dias. Isso porque, no atacado, a demanda doméstica pela carne suína enfraqueceu, devido ao aumento dos preços ao consumidor. Outro motivo é o período da segunda quinzena de novembro, quando geralmente o poder de compra da população diminui. As cotações das bolsas suínas fecharam nessa semana com quedas de 3,8% em Santa Catarina, 8,11% em São Paulo e 4,21% em Minas Gerais.

Lácteos

A comercialização dos principais derivados lácteos se manteve aquecida ao longo da semana. O leite UHT e a muçarela tiveram altas de 4,54% e 1,25%, vendidos a R$ 3,21/litro e R$ 25,71/Kg, respectivamente. Esse aumento nos preços é reflexo da produção no campo, que enfrenta dificuldades relacionadas ao aumento dos preços da ração e à estiagem na Região Sul, que já vem causando prejuízos na produção. A baixa disponibilidade de leite no campo já impactou no leite spot, que teve valorização nas negociações para a segunda quinzena de novembro, com um aumento de 18,6%, negociado a R$ 2,29/litro.

Para os produtores, é esperado reversão no cenário de baixa de preço. Nesse sentido, o Conseleite do Paraná fará uma reunião extraordinária no final do mês para divulgar os valores de referência, com o objetivo de analisar com maior exatidão o movimento do mercado.

Boi gordo

No mercado do boi gordo, as indústrias estão segurando as compras na tentativa de pressionar o preço da arroba. Com as indústrias frigoríficas saindo das compras, diversos produtores começaram a ter seus animais parados na fazenda, sem conseguir dar a fluidez necessária para as vendas. Assim, após alguns dias segurando as vendas, os produtores finalmente cederam e passaram a comercializar o gado de forma mais barata do que anteriormente. No indicador Cepea/Esalq, a cotação da arroba bovina retornou à faixa de R$ 280, enquanto no Mato Grosso, o IMEA registrou preços próximos a R$ 270. Na bolsa, a movimentação dos frigoríficos foi sentida e o contrato de maio/2020 caiu R$ 25/arroba em 9 dias.

A motivação da indústria de reduzir o fluxo de abates e segurar as compras se baseia na redução de demanda que ocorre no final e no início do ano, movimento natural dos últimos anos quando os importadores saem do mercado para as festividades.

Pescado

A Acripar informou que a demanda pelo peixe está em alta, o que pode significar reajustes nos preços nos próximos dias. Já essa semana, o preço do tambaqui em Rondônia permaneceu estável em R$7,40/kg para o animal de 2 Kg a 3 kg, e em R$ 9,00/kg para o animal de 3 Kg a 4 kg.

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