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Boletim CNA destaca exportação recorde de frutas em setembro e cenário internacional
Brasília (10/10/2020) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a prorrogação do uso dos estoques dos produtos à base de Paraquate na safra 2020/2021. A decisão atende a uma solicitação feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Esse é um dos destaques do boletim semanal da CNA, que traz os principais fatos do setor ocorridos no período de 5 a 9 de outubro. A medida vale apenas para utilização dos produtos já adquiridos e que estão em posse dos agricultores.
As exportações de frutas em setembro igualaram o volume recorde do mesmo período em 1997, alcançando 117 mil toneladas. Nos primeiros nove meses de 2020, a quantidade embarcada é 5% superior em relação ao mesmo período de 2019.
No cenário internacional, a Organização Mundial de Comércio (OMC) avalia o cenário de recuperação global diante da pandemia.
Defensivos
A boa notícia para os produtores foi divulgada na quarta-feira (7). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso dos estoques dos produtos à base de Paraquate na safra 2020/2021. Essa autorização atende à solicitação feita pela CNA, assim que entrou em vigor a proibição de uso do produto, no último dia 22 de setembro, conforme previa a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa 177/2017. A decisão tomada na 19ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa é pela criação de uma nova Resolução, que alterará a RDC 177/2017 e trará a definição dos novos prazos para a utilização dos estoques na safra 2020/2021.
Segundo a Anvisa, os novos prazos levarão em consideração os calendários regionais de cada uma das culturas que possuem registro de utilização do ingrediente ativo. Esses prazos podem ser acessados aqui .
A decisão da reunião ordinária não altera a deliberação da 18ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada, de 15 de setembro de 2020, sobre o banimento do produto. Com isso, a decisão prorroga o prazo apenas para utilização dos estoques em posse dos agricultores. Permanecem proibidas a produção, importação e comercialização de qualquer natureza dos produtos à base de Paraquate.
Hortaliças e frutas
A exportação de frutas em setembro alcançou o mesmo volume exportado em setembro de 1997, de 117 mil toneladas, volume recorde no mês de setembro desde o início dos registros, também em 1997.
O volume exportado nos primeiros nove meses de 2020 está 5% superior em relação ao mesmo período de 2019. Já a receita com frutas em 2020 encontra-se semelhante à de 2019, próxima a US$ 450 milhões. Com a desvalorização do Real frente ao dólar, o preço médio pago pela fruta brasileira foi pressionado e culminou na redução de 6% em 2020.
Em setembro, as exportações de manga, melão e melancia registraram crescimento de 19%, 41% e 53%, respectivamente, em relação a setembro de 2019. Após o desempenho ruim no primeiro semestre de 2020 em função da pandemia de Covid-19, as exportações dessas frutas, nos nove primeiros meses de 2020, já se igualaram aos mesmos volumes exportados no ano passado no mesmo período.
Com boa aceitação no Mercosul, as exportações de banana somaram 4,3 mil toneladas em setembro, alta de 14,4% superior na comparação com setembro de 2019.
No caso da uva, foram exportadas 3,4 mil toneladas em setembro, volume 43% superior ao mesmo mês de 2019. No entanto, o período de maior exportação da fruta é o último trimestre do ano e os produtores acreditam na ampliação dos volumes embarcados. As expectativas estão ancoradas na demanda, que permanece aquecida, na boa produtividade e na qualidade dos cultivos da Região do Vale do São Francisco.
No mercado interno, o calor vem causando prejuízos em lavouras de frutíferas, que são cultivadas em sequeiro ou estão impossibilitadas de irrigação devido ao período de seca prolongada, a exemplo de áreas de laranja que não estão atingindo o calibre demandado pelos supermercados. Por outro lado, a expectativa é que com o aumento da temperatura o consumo de frutas seja maior nas próximas semanas.
As altas temperaturas têm interferido também na produção de hortaliças. A colheita de cebola e batata no sudoeste paulista, Triângulo Mineiro e região de Cristalina (GO) foi acelerada pelas condições climáticas deste ano. No caso da batata, apesar da redução da qualidade, em função do escurecimento dos tubérculos, os preços apresentaram recuperação devido ao final da safra de inverno nas principais regiões produtoras.
Em relação ao tomate, verificou-se intensificação da maturação nas lavouras de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mesmo com a ampliação da produção, a oferta não foi suficiente para impedir a valorização do produto ao longo da semana, devido à redução da área plantada da safra de inverno e à retomada da demanda pelo fruto no food service.
Em relação à comercialização, mais oito novas feiras seguras foram realizadas esta semana nos municípios baianos de Cairu, Jequié, Santa Maria da Vitória, Ipiaú e Irecê. A estimativa é que mais de trezentos produtores tenham comercializado produtos da agricultura local.
Flores
A flexibilização do comércio e eventos tem auxiliado na recuperação gradual do setor de flores de corte. Porém, a projeção é que o setor finalize 2020 com queda de 40% no seu faturamento em relação a 2019.
Sucroenergético
No mercado internacional, o déficit hídrico e outros fatores como pragas e doenças são apontados como problemas na Tailândia, Rússia e União Europeia, o que deve reduzir o excedente global de oferta de açúcar projetado para a safra 2020/2021. Em relação ao consumo global, grandes consultorias apontam uma redução de 2,5 milhões de toneladas na safra 2019/2020, em função da pandemia.
No mercado interno, o tempo seco nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil exerceu forte pressão nesta semana no mercado internacional do açúcar, que fechou em alta nas bolsas de Nova York e Londres.
As condições meteorológicas atuais podem reduzir a produtividade dos canaviais na reta final da safra corrente, bem como acarretar em dificuldades para o desenvolvimento da cultura na próxima temporada.
Esse cenário, associado à forte elevação das exportações, levaram os preços do açúcar cristal a alcançar a máxima em mais de três anos e meio e ultrapassaram R$ 90/saca de 50 quilos, segundo o indicador Cepea/Esalq. Os preços do etanol hidratado continuam sustentando altas. O Indicador Diário Paulínia chegou a ultrapassar R$ 1.950,50/m³ ao longo da semana.
Grãos
O plantio de soja segue atrasado no Brasil. No Paraná, a semeadura evoluiu em apenas 8% da área total. Normalmente, até o início de outubro, 30% da área já estaria semeada. Em Mato Grosso, a região mais adiantada foi o oeste, que atingiu 6% da área plantada até o fim da semana passada, mas a média estadual ainda não atingiu 2% da área. Esse atraso, consequentemente, retardará o plantio de milho 2ª safra nas principais regiões produtoras no início de 2021.
De acordo com o 1º levantamento da safra 2020/2021, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta semana, a safra de grãos deve atingir 268,7 milhões de toneladas, aumento de 4,2% com relação à safra 2019/2020.
Para a soja, a Conab projeta uma ampliação da área plantada de 2,5%, alcançando 37,9 milhões de hectares, que, aliada aos ganhos de produtividade, deve resultar em produção de 133,67 milhões de toneladas, aumento de 7,1% em relação à safra 2019/2020.
Já a produção de milho está projetada em 105,17 milhões de toneladas, aumento de 2,6% em relação à safra 2019/2020, influenciada principalmente pelos ganhos de produtividade, já que a área com milho permanecerá a mesma cultivada na safra 2019/2020.
Os preços da soja permanecem em alta em Chicago, atingindo US$ 10,6/bushel. Em Paranaguá, os preços saíram de R$ 150/saca das últimas duas semanas e já se aproximam de R$ 160,00/saca. Além da alta demanda, o atraso do plantio no Brasil garante suporte positivo nos mercados internacional e nacional.
Quanto ao arroz, o volume exportado somou 44,5 mil toneladas, queda de 51% com relação ao mês de agosto. Esse é o menor volume embarcado para o mês de setembro dos últimos três anos. Já as importações de arroz em casca somaram 51 mil toneladas, frente a 2 mil em agosto, e de arroz beneficiado, 73,8 mil toneladas, frente a 41,8 mil toneladas no mês anterior, segundo dados do COMEX-STAT/MDIC.
Café
As lavouras de Minas Gerais registraram abertura de florada generalizada em setembro, após a leve chuva que ocorreu no estado. Contudo, o déficit hídrico das últimas semanas compromete o desempenho da próxima safra.
A safra 2021 inicia com perdas também em alguns municípios mineiros de baixa altitude e na região de Franca (SP), onde as altas temperaturas impediram a abertura floral, causaram queimaduras aos botões florais e nas folhas. A região Sudeste aguarda o retorno das chuvas para este fim de semana, que ainda deve ser de distribuição e constância irregular.
Com o preço médio de R$ 564,62/saca em setembro, o indicador Cepea/Esalq do café arábica apresentou redução de 2,5% em relação aos preços médios de agosto de 2020. No entanto, esse preço é 30% superior ao de setembro/2019.
Diante dos altos volumes já comercializados nos meses anteriores, além da capitalização dos cafeicultores e dos preços mais remuneradores em 2020, o mercado físico de café tem mantido baixa liquidez para os meses de setembro e outubro.
Em Nova York, o contrato de dezembro de 2020 para o café chegou a ultrapassar 112 cents de dólar por libra peso ao longo da semana. No mercado físico, o indicador Cepea/Esalq permaneceu com preços entre R$ 530,00 e R$ 540,00/saca.
Após o encerramento da safra, as Federações trabalham com os cafeicultores para envio das amostras para o Coffee of the Year Brasil 2020, concurso de qualidade que seleciona os melhores cafés arábica e canéfora de todo o país. O prazo para envio das amostras encerrou em 09 de outubro. Na edição de 2020, duas novas categorias foram criadas para seleção de grãos de fermentação induzida pelos produtores. Os campeões serão revelados na Semana Internacional do Café, evento realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e demais parceiros, que será realizada digitalmente no dia 20 de novembro.
Aves e suínos
Segundo o Avisite, o preço do frango vivo pago ao produtor fechou em alta na quarta-feira (7) cotado a R$ 4,25/kg e R$ 4,30/kg em São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. A valorização do produto neste início de outubro tem três motivos principais: o pagamento de salários no início do mês, a competitividade da carne de frango em relação às outras carnes e o feriado do dia 12, que leva à antecipação das compras e dos abates.
No mercado de ovos, a caixa de 12 dúzias de ovos se valorizou 10% (preço pago ao produtor) no interior de São Paulo e foi cotada a R$ 76,00 no dia 7, segundo a Jox Consultoria. A alta se deve ao maior equilíbrio entre oferta e demanda e às perspectivas que o início do mês oferece, com o pagamento dos salários. A alta dos grãos usados na alimentação dos frangos e outros itens, como as embalagens, estão reduzindo as margens de lucro dos produtores, que pressionam por aumento do produto, a fim de evitar que suas operações fiquem no vermelho. A Associação Gaúcha da Avicultura (Asgav) divulgou que, em 12 meses, os preços dos principais itens da alimentação das aves, milho e farelo de soja tiveram elevações no mercado interno de 65,5% e 68,9%, respectivamente. Já os ovos, no mesmo período, sofreram reajuste de apenas 24,1% - quase o mesmo do frango (24,2%).
Na suinocultura, a falta de animais prontos para abate segue pressionando os preços. As bolsas estaduais fecharam em alta em Mato Grosso (1,08%), Paraná (1,17%), Santa Catarina (1,88%), Rio Grande do Sul (2,30%), Minas Gerais (3,65%), Goiás (3,65%) e São Paulo (4,50%).
Lácteos
Os preços do leite UHT e do queijo muçarela registraram baixas novamente durante a semana, de 2,71% e 2,96%, respectivamente. Nos últimos 15 dias, o preço do leite UHT reduziu R$ 0,26/litro, enquanto a muçarela desvalorizou R$ 1,69/Kg. Com o aumento da captação de leite no campo e recorde nas importações, com maior volume de leite importado desde 2016, os laticínios estão aumentando seus estoques de derivados lácteos, o que vem causando a redução dos preços das commodities. Além disso, a redução no valor do auxílio emergencial causa incertezas ao consumidor.
No campo, o forte calor das últimas semanas e a falta de chuva- somados à perspectiva de baixa no preço do leite para os próximos meses e elevação dos custos, que já acumulam alta de 7,57% desde o início do ano-, estão causando preocupações aos produtores.
Boi gordo
O cenário de oferta restrita de animais para abate continua. Em São Paulo, a arroba bovina chegou a R$ 260, enquanto no mercado futuro, com vencimento em 31 de outubro, a arroba negociada já ultrapassa esse valor. Importante observar a redução do diferencial de base para estados importantes, como Mato Grosso, em que o histórico assinalava média de 11% de diferença e, nesse momento, registra apenas 5% de diferença, demonstrando que no estado de maior produção do país o cenário de falta de oferta persiste.
Em São Paulo, as cotações não estão evoluindo na mesma velocidade de outras praças, pois mesmo mais elevadas, os frigoríficos não conseguiriam aumentar a compra de animais em função da baixa oferta. O cenário se repete em estados como Mato Grosso do Sul, Pará, Minas Gerais e Rondônia, inclusive com o Mato Grosso e Rondônia com frigoríficos que anunciaram a adoção de férias coletivas para redução de custos em plantas com menor impacto na produção.
No cenário internacional, o volume embarcado em setembro reduziu 14% em relação ao mês anterior, e 3,5% quando comparado ao mesmo período ano passado.
Pescado
Em Rondônia, segundo dados da Associação dos Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar), o mercado de tambaqui permanece estável em relação à semana passada, cotado a R$ 6,50/Kg (peixe entre 2kg e 3kg)e R$ 7,00/kg (peixe de mais de 3 kg). Em São Paulo, a PeixeSP informa que o mercado de tilápia também segue estável em relação à semana passada, com preço cotado entre R$ 6,80 e R$ 7,0/kg.
Cenário internacional
União Europeia
- A Comissão Europeia organizou, no dia 30 de setembro, sessão informativa virtual sobre a estratégia "Farm to Fork" (F2F), destinada a missões de terceiros países junto à UE. Participaram, como expositores, representantes das Direções-Gerais de Saúde e Segurança dos Alimentos (DG-SANTE), de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DG-AGRI), de Assuntos Marítimos e Pescas (DG-MARE), de Meio Ambiente (DG-ENV) e de Cooperação Internacional e Desenvolvimento (DG-DEVCO) da Comissão Europeia. O evento, que contou com cerca de 150 participantes, teria por objetivo responder à demanda de diálogo com terceiros países, diante dos impactos previstos de muitas das iniciativas propostas pela F2F sobre países exportadores. Em mensagem de abertura, a comissária de Saúde Pública e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, afirmou que a UE deseja promover uma transição global para um sistema alimentar justo, saudável e ecológico, e destacou que, no plano internacional, o bloco buscará concretizar os objetivos da F2F por meio de acordos comerciais e pela promoção de "alianças verdes" em foros multilaterais e bilaterais. Para o diretor da área internacional da DG-AGRI, John Clarke, não se trata de "nivelar o plano de jogo" (em termos de condições de competitividade), mas de reconhecer a dimensão internacional do desafio da transformação do sistema alimentar global. Representantes da Comissão Europeia sustentaram que a promoção internacional dos objetivos da F2F deverá sempre observar os compromissos internacionais da UE, em particular no tocante às regras sobre SPS da OMC (Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II) – MRE);
- O consumo de carne bovina na França diminuiu 4,1% entre agosto de 2019 e o mesmo mês de 2020, de acordo com dados do Sindicato das Empresas Francesas Produtoras de Carne ("Culture Viande"). Durante esse período, marcado pelas perturbações de oferta e demanda relacionadas à crise sanitária da Covid-19, até houve registro de aumento das vendas de carne moída em supermercados da ordem de 16%, mas tal acréscimo teria sido incapaz de compensar a queda nas vendas de carne em restaurantes, principais consumidores de cortes nobres no país, penalizados tanto pelo confinamento do primeiro semestre quanto pela redução do número de turistas. As exportações de carnes e miudezas comestíveis em geral do Brasil para a França também foram fortemente impactadas, no período entre janeiro e agosto de 2020, com queda de 48,4% (USD 396 mil nos oito primeiros meses de 2019 contra USD 204 mil no mesmo período de 2020). A participação das carnes no total das exportações brasileiras para a França passou de 0,02% para 0,01% da pauta bilateral no período (Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II) – MRE).
Argentina
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina lançou novas ferramentas de consulta, intituladas Monitores de Estimativas Agrícolas e Mapa de Cultivos . O propósito central é divulgar informação oficial das principais variáveis do mercado por meio de uma interface de fácil acesso, com infográficos, mapas de avanço de plantio e colheita dos principais cultivos, gráficos com séries de produção, rendimentos e superfície semeada. A ferramenta de Mapa de Cultivos permitirá posicionar geograficamente a produção dos principais cultivos na Argentina, o que facilitará a análise territorial da ocupação e do uso do solo (Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II) – MRE).
China
- O Bureau de Comércio de Pequim publicou nota com orientações de medidas preventivas em relação à Covid-19 a serem adotadas por importadores de produtos alimentícios congelados. De acordo com a nota do Bureau, a detecção do coronavírus repetidas vezes em alimentos importados por autoridades portuárias "prova que há risco de contaminação". Nesse sentido, orienta os importadores a "evitar proativamente comprar alimentos da cadeia de frios de áreas severamente atingidas pela pandemia". Importadores de produtos cárneos que atuam na região de Pequim e representantes da "China Meat Association" informaram que as importações seguem normalmente, sem qualquer restrição. Como se trata de autoridade municipal, a nota não produz nenhum efeito em procedimentos aduaneiros (Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II) – MRE).
Reino Unido
- A rede de varejo Marks & Spencer (M&S), que responde por 3% das vendas de alimentos e bebidas no mercado britânico, anunciou o compromisso de substituir toda a soja utilizada como ração por seus fornecedores de leite fresco. A M&S mantém contratos com 44 propriedades rurais produtoras de leite fresco que importam, por ano, cerca de 4 mil toneladas de soja para alimentação de gado leiteiro. O compromisso é apresentado no contexto da meta declarada pela empresa de eliminar o desmatamento de sua cadeia de suprimentos. A M&S indicou que 100% da soja utilizada no restante de sua cadeia deverá ser certificada por esquemas como Pro-Terra ou RTRS ("Round Table for Responsible Soy"). (Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II) – MRE).
OMC
- O vice-diretor-geral da OMC, Alan Wolf, comentou que manter os mercados internacionais abertos ao comércio é uma parte essencial da agenda para a recuperação econômica da pandemia da Covid-19. Ressaltou, ainda, que a contribuição da OMC para a recuperação seria substancialmente maior se os membros levassem adiante o processo em andamento de reforma sistêmica (OMC, 9 de outubro de 2020);
- O governo da Dinamarca contribuiu com um total de 8 milhões de Coroas Dinamarquesas em 2019 e 2020 para ajudar os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos a cumprir os padrões internacionais de segurança alimentar, saúde animal e vegetal e para melhorar seu acesso a mercados agrícolas (OMC, 8 de outubro de 2020);
- A OMC publicou uma lista de medidas de apoio econômico adotadas pelos membros da Organização em resposta à pandemia. A lista contém medidas comunicadas por membros e observadores ao Secretariado da OMC, por meio do exercício de Monitoramento do Comércio da OMC. O relatório é uma tentativa de dar transparência no que diz respeito às medidas de apoio tomadas no contexto da crise do Covid-19 (OMC, 7 de outubro de 2020);
- O comércio mundial mostra sinais de recuperação de uma profunda recessão induzida pela Covid-19, mas economistas da OMC alertam que qualquer recuperação pode ser interrompida pelos efeitos da pandemia em andamento. A OMC prevê agora uma queda de 9,2% no volume do comércio mundial de mercadorias em 2020, seguida de um aumento de 7,2% em 2021. Os dados atuais sugerem uma queda projetada para o ano corrente que é menos severa do que a queda de 12,9% prevista sob o mais otimista dos dois cenários delineados na previsão de comércio de abril da OMC. Por outro lado, a previsão para o próximo ano é mais pessimista do que a estimativa anterior de crescimento de 21,3%, deixando o comércio de mercadorias bem abaixo da tendência pré-pandemia em 2021. O desempenho do comércio no ano até o momento superou as expectativas devido ao aumento em junho e julho, quando os bloqueios foram amenizados e a atividade econômica acelerou. O ritmo de expansão pode diminuir drasticamente quando a demanda reprimida for exaurida e os estoques comerciais forem repostos. Resultados mais negativos são possíveis se houver um ressurgimento de casos de Covid-19 no quarto trimestre (OMC, 6 de outubro de 2020).
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