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ATeG 10 anos – Os técnicos: o campo na rota profissional
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Conheça a história de Jamires Souza, técnica de campo em Itacoatiara (AM)

21 de dezembro 2023
Por CNA

Brasília (21/12/2023) – A técnica do Senar no Amazonas Jamires Souza havia traçado uma rota profissional. Médica veterinária, seu projeto inicial previa trabalhar na cidade com animais domésticos, mas as oportunidades a levaram ao campo, para o trabalho direto com os produtores rurais. E hoje, ela só tem a agradecer a mudança que o destino trouxe a sua vida.

Jamires foi criada em Manaus e, na faculdade, começou a fazer estágios em fazendas, o que a levou a ter experiências até em outros Estados como Pará e Goiás. Ainda conseguiu um intercâmbio em Portugal em 2018, trabalhando com animais de grande porte, e por um tempo atuou no órgão de defesa agropecuária estadual.

Foi assim que, aos poucos, Jamires foi despertando para o trabalho no campo. Logo após se formar, em 2021, surgiu a oportunidade de credenciamento junto ao Senar para atuar na Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) com a bovinocultura de leite em Itacoatiara, a 200 quilômetros da capital.

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No campo, a técnica recebeu a tarefa de atender 30 produtores de leite na região. E logo orientou no manejo adequado das pastagens, no cuidado com os animais, entre uma série de outras ações necessárias para melhorar a produção. “Os primeiros produtores que seguiram as minhas orientações tiveram resultados rápidos e isso ajudou a quebrar possíveis resistências”.

“Em Itacoatiara, a maioria dos produtores não tinha sequer orientações básicas. E com as dicas mais simples que passei, as mudanças foram engrandecedoras e rápidas. Fez uma diferença enorme na vida deles”, explica a técnica.

Em dois anos, as mortes caíram, os bezerros se desenvolveram mais rapidamente e saudáveis, houve controle de carrapatos, os animais ganharam mais peso, com nutrição e suplementação direcionada. Logo, eles melhoraram a renda e a produtividade e, principalmente, eles puderam realizar sonhos pessoais.

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Jamires acompanhou cada conquista dos seus produtores e se orgulha ao falar da experiência de poder participar da evolução, graças à assistência técnica e gerencial. “Vi alguns comprarem carro, reformarem ou construírem casas, mandarem os filhos para a faculdade. E a minha satisfação não tem preço quando vejo isso”.

O atendimento a este grupo de produtores terminou no mês passado, quando completou dois anos. Mas a relação de amizade continua. Durante as visitas, Jamires se dividia entre Manaus e Itacoatiara. Agora, ela espera uma nova turma de produtores para continuar com a ATeG.

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“O meu maior orgulho é que hoje todos sabem o que fazer, qual remédio aplicar, como fazer o manejo da pastagem. São orientações básicas que fazem toda a diferença”, complementa.

E o trabalho junto aos produtores também faz Jamires traçar mais planos para o futuro. “Nunca fui de ficar quieta. Quero fazer mestrado e outras especializações para aprimorar meu atendimento no campo. Muitas pessoas saem do interior para trabalhar. No meu caso, quero crescer profissionalmente no campo”.

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