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Após valorização em junho, mercado de lácteos dá sinais de estabilidade
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Segundo Conseleite-PR, preço de referência fechou junho em alta de 11%, mas já recuou 0,92% na parcial de julho

30 de julho 2021

Por: Comunicação Social – Sistema FAEP/SENAR-PR

O mercado de lácteos teve valorização expressiva em junho, fechando o mês com alta de 11,15%, no Paraná. O avanço foi puxado pelo bom desempenho de produtos de maior peso no mix de comercialização, como mussarela, queijo prato, leite UHT e leite spot. Nas três primeiras semanas de julho, no entanto, o setor deu mostras de entrar em tendência de estabilidade. A projeção do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR) é de que o mês feche com um leve recuo de 0,92%, com o preço de referência projetado de R$ 1,9422, para o leite entregue em julho, a ser pago em agosto.

O cenário foi apresentado em reunião do Conseleite-PR realizada nesta terça-feira (27), por videoconferência. Segundo o levantamento, os derivados com maior representatividade no mix tiveram valorização generalizada em junho, mas ficaram em estabilidade ou tiveram leve recuo em julho. Os preços do mussarela, por exemplo, tiveram alta de 15,46% em junho, mas recuaram 3,64% na parcial de julho. Já os preços do UHT subiram 11,15% no mês passado, permanecendo em estabilidade em julho. Mussarela e UHT são os produtos mais comercializados no Paraná, respondendo por 52,8% e 17,7% do mix, respectivamente.

Outros produtos que também têm peso na cesta de produtos tiveram desempenho semelhante. O queijo prato teve valorização de 11,14% em junho, mas perdeu fôlego e recuou 0,79% nas três primeiras semanas de julho. Os preços do leite spot também subiram mais de 11% no mês passado, mas caíram 3,49% em julho. “A pergunta que fica é se essa estabilização no patamar elevado vai se manter. Temos, hoje, fatores de alta e fatores de baixa. Vamos ver quais vão prevalecer”, disse o professor José Roberto Canziani, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos responsáveis pelo levantamento.

Os derivados que têm um volume de comercialização menor tiveram comportamento diferente. Bebida láctea, requeijão, creme de leite, doce de leite e manteiga acumularam altas em junho e em julho. No caso do creme de leite, a valorização foi de 7,85%, com o produto atingindo seu maior patamar de preço da série histórica. Outro destaque é o iogurte: em um ano, a valorização do derivado passa dos 20%. “Os derivados de menor volume não mostram sinais de arrefecimento e devem continuar em valorização”, apontou Canziani.

No encerramento da reunião, o presidente do Consleite-PR, Ronei Volpi, apontou fatores que deixam os produtores em alerta. De um lado, há o reduzido poder aquisitivo da população e alta da inflação. De outro, questões climáticas, como as sucessivas geadas, que impactam sobre a produção e podem reduzir a oferta dos lácteos. “O plano estratégico do nosso setor, seja do lado dos produtores, seja do lado da indústria, é nos mantermos vivos nesse momento de incertezas. Vamos trabalhar para o desenvolvimento da nossa cadeia produtiva”, disse Volpi, que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.

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