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Relatório da FAO destaca crescimento da produção aquícola brasileira e mundial
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14 de julho 2016
Por CNA

Por: CNA

Brasília (14/07/2016) - O novo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) “ O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura 2016 (SOFIA) ” estima que o Brasil deve registrar um crescimento de 104% na produção da pesca e aquicultura até 2025. De acordo com o relatório, o aumento na produção brasileira será o maior até o momento, na região da América Latina e Caribe, seguido de México (54,2%) e Argentina (53,9%).

Na pesca, segundo o estudo SOFIA, no Brasil, projetam-se um crescimento da produção de 1,3 milhão de toneladas, observados no período de 2013 a 2015, para 1,9 milhão em 2025. O valor corresponde a 2% dos 11,7 milhões de toneladas de todo o mundo. O líder é a China, com 2,2 milhões de toneladas.

Para as Comissões Nacionais de Aquicultura e Pesca da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a conquista se deve aos esforços realizados pelo setor e todos os investimentos que foram feitos nos últimos anos. “É preciso que cada vez mais se consolidem políticas públicas na pesca e aquicultura, pois a demanda irá crescer e esses produtos serão responsáveis por parte significativa da alimentação futura da população mundial”, frisou a assessora técnica das comissões Lilian Figueiredo.

Também, segundo o relatório, a América Latina e o Caribe vão apresentar uma expansão importante na produção aquícola que pode chegar as 3,7 milhões de toneladas em 2025, um crescimento de 39,9% em relação à 2013/15, período em que foram produzidas em média 2,7 milhões de toneladas anuais.

Já, em âmbito global, a produção aquícola deve crescer até alcançar 195,9 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 17% em comparação à produção de 2013/15, de 166,8 milhões. Em 2014 foi registrado, pela primeira vez, aumento na produção em cativeiro em relação às capturas por pesca. O produto proveniente da pesca sempre dominou a mesa do consumidor, mas hoje, 50% do peixe consumido mundialmente é proveniente da aquicultura. Isso significa que, no ano 2025, o mundo vai produzir 29 milhões de toneladas a mais de peixe que em 2013/15 e quase todo esse aumento vai acontecer nos países em desenvolvimento por meio da aquicultura.

Emprego - A aquicultura emprega oficialmente 356 mil pessoas na América Latina e mais de dois milhões de pessoas se dedicam à pesca. Estima-se ainda que existam mais de 500 mil famílias que dependem da aquicultura de pequena escala para a própria segurança alimentar e renda familiar na região. De acordo com o SOFIA, o emprego no setor pesqueiro cresceu moderadamente na região, enquanto que no âmbito de capturas reduziu. Já a produção aquícola, cresceu a taxas altas.

Produção - Atualmente, a América Latina e Caribe produzem 2,7 milhões de toneladas de peixe em aquicultura e extraem cerca de 11,7 milhões de toneladas do mar. Porém, o consumo per capita na região alcançou apenas dez quilos de peixe por ano, a metade da média global, apontou o SOFIA e abaixo do recomendado pela FAO, 12 quilos de peixe por habitante/ano. Para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, os fatores favoráveis para o aumento na produção incluem menor desperdício, melhores canais de distribuição, aumento da procura associada ao crescimento da população, maiores rendimentos e urbanização.

Consumo Global - O crescimento da aquicultura é considerado um fator-chave para impulsionar os níveis de consumo global de peixe por pessoa. Na década de 60, o valor era em média de 9,9 kg/habitante/ano. A média passou para cerca de 14,4 kg na década 90 e em 2014 esse valor chegou a 19,7 kg/habitante/ano. A FAO sublinha que o comércio internacional tem desempenhado um papel importante para que haja um número cada vez maior de escolhas para os consumidores de peixe. Entre os países lusófonos, espera-se que o Brasil lidere o aumento no consumo de peixe por pessoa na próxima década, como parte da América Latina. As outras regiões são a Ásia, a Oceania e Caribe.

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Em reportagem do Canal do Produtor TV, a assessora técnica Lilian Figueiredo comenta sobre o relatório da FAO:

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