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Custo de produção elevado da suinocultura e avicultura prejudica criadores de todo o país
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27 de outubro 2016
Por CNA

Brasília (27/10/2016) – Os custos de produção da avicultura e da suinocultura continuam apresentando patamares elevados, em 2016, devido aos gastos do produtor com energia elétrica, combustíveis, milho e farelo de soja, insumos utilizados em larga escala pelos criadores de frangos e suínos. Em várias regiões do país, os criadores reduziram o total de alojamentos dos animais devido à disponibilidade reduzida de grãos, reforçada pela quebra de safra nos principais estados produtores.

O diagnóstico foi apresentado pelo engenheiro agrônomo da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Marcos Debatin Iguma, no encerramento do 2º Seminário Nacional do Campo Futuro, cujos debates ocorreram ao longo desta quarta-feira (26) no auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

Investimentos - Diante desse cenário, segundo levantamento feito pelos técnicos do projeto Campo Futuro, avicultores e suinocultores estão enfrentando dificuldades para fazer novos investimentos em seus projetos. Essa situação acontece porque, na maioria das regiões analisadas, o produtor só está conseguindo cobrir o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba as despesas do dia a dia da produção.

Um dado relevante a ser considerado, no caso da suinocultura, segundo explica Marcos Iguma, é que o aumento dos preços do milho e do farelo de soja afeta mais os 40% de produtores independentes. No caso dos criadores integrados (parceria com a indústria), esse custo é absorvido pela empresa.

Aquicultura - No debate anterior, relativo à situação do setor pesqueiro do país, a pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, Andrea Elena Pizarro Muñoz, no painel sobre Aquicultura, fez relato resumido sobre as peculiaridades existentes nos diferentes polos aquícolas do país. Segundo ela, “percebe-se equilíbrio entre os custos quando há emprego de mão de obra contratada, nos casos de empreendimentos com maior receita bruta anual”.

Situação diversa ocorre nas propriedades onde é utilizada mão de obra familiar, diz a pesquisadora. Nesse ambiente, “tais projetos apresentam menor receita bruta por ano, embora o rendimento obtido acabe sendo indispensável e estratégico na composição da renda familiar”, assinala.

Outra questão importante, de acordo com o estudo do “Campo Futuro”, é a dificuldade quanto à legalização dos empreendimentos aquícolas, devido a trâmites burocráticos, um dos temas recorrentes nos painéis realizados ao longo de 2016 pela CNA/Cepea.

Em 2017, a CNA vai comemorar os 10 anos de existência do projeto “Campo Futuro” com uma programação especial. A pauta prioritária, ainda em elaboração, será para a realização de estudos sobre questões estratégicas como seguro rural, crédito agrícola e novas tecnologias, além do trabalho já consolidado pelos pesquisadores do Cepea/USP/Esalq.

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