Visita à fazenda de universidade finaliza missão do Sistema FAMATO aos Estados Unidos
Nos Estados Unidos não existe uma instituição que capacita a mão de obra, como o SENAR no Brasil
O último dia de visitas às propriedades rurais do Kansas foi na fazenda de gado de corte mantida pela Universidade Estadual do Kansas. Para o grupo, composto por produtores rurais mato-grossenses e técnicos da Famato, SENAR e Imea, a Missão Técnica foi fechada com chave de ouro.
Na propriedade os estudantes vivenciam o cotidiano de uma fazenda onde se cria bovinos, com as dificuldades e necessidades dos produtores do Kansas e ali o ensino-aprendizagem acontece a todo o momento.
"Isto aqui é um sonho para qualquer agropecuarista", afirmou o produtor rural e vice-presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte, Édio Brunetta. "É uma escola da vida real. A fazenda prepara o profissional na prática e não apenas na teoria", avalia. Na fazenda, de responsabilidade do departamento de Animal Sciences and Industry (ASI), ciências animais e industrial (tradução livre) professores, técnicos e alunos recriam gado de corte, há espaço para pastagens, animais em confinamento, armazém de ração, maquinário e tudo mais que os produtores têm direito.
Nos Estados Unidos não existe uma instituição que capacita a mão de obra, como o SENAR no Brasil. Quem faz isso são os próprios produtores rurais nas propriedades e a universidade mantém programas que auxiliam os pecuaristas na qualificação dos funcionários. "Vimos a universidade muito presente na vida do produtor. A extensão rural é feita pela universidade e vimos que a sociedade retribui essa prestação de serviço", avalia o gerente de Educação Profissional Rural e Assistência Técnica do SENAR/MT, Armando Urenha citando a participação dos produtores no Leilão de gado anual Legacy Sale, realizado na Universidade Estadual do Kansas.
"É impressionante a paixão da cidade pela universidade. Todos vestem o roxo que é a cor da universidade e os produtores que estudaram na universidade ou tem filhos estudando lá fazem doações para os programas serem realizados”, destacou o gestor da Famato, Guto Zanatta. "Na fazenda vimos placas em homenagem a alguns produtores rurais. Eles fizeram doações para financiar os programas da universidade financiar”.
"Saímos daqui com o pensamento comum que temos tudo no Brasil, estamos no céu com clima, pastagem e água em abundância. Nos EUA tem um inverno rigoroso, falta chuva, tem que irrigar até pasto e mesmo com todas as dificuldades eles estão produzindo muita carne", avaliou o produtor e guia da Missão, Ricardo Arioli.
Para o produtor Paulo Carvalho, um dos vencedores do Prêmio FAMATO/SENAR a sua propriedade só recebeu esse reconhecimento por causa do pessoal que trabalha na propriedade, são vaqueiros, capatazes que têm orgulho da profissão. "Eles que fazem o sucesso da fazenda e se hoje eles estão orgulhosos do trabalho que realizam é graças a valorização da profissão e nisso o SENAR/MT tem ajudado muito, pois qualifica o pessoal e eles desenvolvem a função da melhor maneira possível", comentou.
Dia de festa
Antes de chegar à fazenda de gado de corte, a comitiva mato-grossense, acompanhada pelo professor Luis Delamanha, visitou as instalações do laboratório de inseminação artificial da universidade, com orientação pelo responsável pelo local, professor Tom Tow.
Assessoria de Comunicação do Sistema FAMATO/SENAR-MT
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