Projeto Biomas, no Pantanal, é replanejado em Mato Grosso do Sul
Campo Grande / Mato Grosso do Sul (17/07/2016) - “O Projeto Biomas no Pantanal visa apresentar ao produtor rural alternativas para utilização da propriedade com enfoque no plantio de árvores, tanto para fins de preservação e conservação como para fins de comercialização”. A afirmação foi feita pela coordenadora executiva da iniciativa, pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Claudia Rabello, durante uma reunião realizada na última terça-feira, na sede do Sistema FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul.
Durante o encontro, cujo propósito foi estudar o replanejamento do Projeto Biomas, Cláudia falou da importância da preservação aliada à produção para o bioma sul-mato-grossense. “Queremos mostrar como o produtor pode usar a árvore para atender as regras do Novo Código Florestal ou para atender suas demandas. Além disso, o produtor vai ver o retorno econômico disso”.
Para a consultora técnica do Sistema FAMASUL, Daniele Coelho, o papel da instituição nesta nova fase do projeto é fundamental para aproximar a ciência ao setor produtivo de forma direta. “Pretendemos levar toda essa bagagem de pesquisa, tecnologia e estudo de viabilidade para os produtores rurais e assim otimizar tanto a preservação como a produção deste bioma tão particular do nosso Estado. Tratam-se de alternativas tanto de educação ambiental como de exploração sustentável dessa região”.
Para a pesquisadora da Embrapa Pantanal – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e coordenadora regional do Projeto Biomas, Cátia Urbanetz, a tendência é de intensificação das ações em 2016. “Atuamos com pesquisas voltadas para recuperação de áreas de pastagens degradadas usando espécies de pastagens nativas e exóticas e também com arbóreas nativas voltadas para utilização de madeira nas propriedades, além de ajudar com a reserva legal e de recuperação de áreas de preservação permanente”.
Segundo o professor da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, membro do comitê gestor regional do projeto, Norton Hayd Rego, há um caminho a ser percorrido para que o planejamento funcione e a pesquisa científica chegue ao homem do campo. “Estamos testando dez espécies nativas do pantanal e este trabalho já tem resultado. Agora podemos fazer a melhor indicação de espécies que se adaptaram melhor ao bioma”, ressaltou.
Sobre o Projeto Biomas
O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.
O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto e John Deere. No Pantanal, o Projeto Biomas é coordenado pela Embrapa Pantanal, com o apoio da Embrapa Florestas, e conta com a colaboração das Universidades Federais do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e da Grande Dourados (UFMT, UFMS e UFGD), Universidades Estaduais do MS e MT (UEMS e UNEMAT) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO).
Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - FAMASUL
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Confira a entrevista do Canal do Produtor TV com Cláudia Rabello, coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA: