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Produção de hortaliças foi impactada por condições climáticas nas safras de inverno 2015 e verão 2015/16
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27 de outubro 2016
Por CNA

Brasília (27/10/2016) – Os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Bahia apresentaram, na safra de inverno 2015, condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de hortaliças, caso da cenoura, do tomate de mesa e da alface. Porém, a maior oferta desses produtos pressionou para baixo as cotações em alguns períodos. A caixa do tomate tipo AA, por exemplo, que em maio chegou a ser vendida por R$ 63,91, em setembro caiu para R$ 19,40.

Já no verão 2015/2016, o excesso de chuvas e as elevadas temperaturas prejudicaram a produção de cenoura, batata e alface, aumentando o descarte desses produtos no campo. Os dados foram divulgados no 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nessa quarta-feira (26/10), em Brasília.

A pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Larissa Rui Pagliuca, apresentou o resultado dos painéis realizados pelo projeto, ao longo de 2016, nas culturas de hortaliças. Segundo ela, o custo para o cultivo desses produtos é elevado, principalmente nos itens mão de obra e insumos. A alface crespa foi a cultura com menor gasto com insumos agrícolas (R$ 7 mil por hectare) e o tomate de mesa, o maior (R$ 38 mil por hectare).

“Para a maioria das culturas analisadas pelo Projeto Campo Futuro, a receita bruta foi suficiente para pagar o Custo Total (CT). A exceção ficou com a alface produzida no inverno de 2015 e o tomate industrial de Goiânia, Goiás. De maneira geral, todas saldaram o Custo Operacional Total (COT)”, afirmou Larissa.

Frutas – São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco receberam os painéis para levantamento dos custos de produção da fruticultura, com foco em laranja, abacate e goiaba. Dentre os principais itens identificados nessas culturas, destaque para gastos com colheita e pós-colheita e produtos fitossanitários que, nas regiões pesquisadas, são responsáveis por 28% e 24% do Custo Operacional Efetivo (COE), respectivamente.

O projeto concluiu que a “gestão na fruticultura deverá ser constante por parte do produtor, que precisa estar atento aos movimentos do mercado no sentido de analisar riscos econômicos e financeiros do sistema de produção, verificando os resultados do empreendimento rural e atrelando-os com a melhora dos processos e com o aumento dos investimentos em qualificação técnica”.

Cana-de-açúcar – O cenário do setor sucroenergético passa por um processo de recuperação após um período de severa deterioração financeira. De acordo com dados do Projeto Campo Futuro, a cadeia produtiva do setor foi impactada por fatores como aumento sistemático dos custos de produção, elevado endividamento e envelhecimento dos canaviais. O pesquisador do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), João Rosa, revelou que o cenário aponta para uma leve melhora.

“Houve uma redução no ritmo de crescimento dos custos e melhora nos preços de comercialização dos produtos, com destaque para os preços do açúcar no mercado internacional. O processo de recuperação do setor estará atrelado ao desafio de controle e gestão dos custos”, explicou o pesquisador.

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