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Produtores de Curvelo participam do curso de Boas Práticas na Fabricação do Mel
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Os participantes aprenderam como interpretar os laudos de análises e processos de fabricação

31 de maio 2016
Por Senar

Assegurar o respeito às boas práticas produtivas, à legislação e ao consumidor por meio da produção e oferta de produtos com qualidade garantida. Essas foram as diretrizes do curso de Boas Práticas de Fabricação (BPF) do Mel e Produtos Apícolas realizado pelo SENAR Minas em Curvelo. A capacitação ocorreu na Fazenda Olhos D’Água Apicultura, de propriedade do apicultor João Luiz Diniz Matoso.

Produtor amador, como ele prefere se definir, Matoso trabalha de segunda a sexta-feira como auxiliar em um escritório de contabilidade e nos fins de semana se dedica à apicultura. Como sua intenção é comercializar em todo o estado a produção de 25 caixas de abelhas que rendem cerca de 870 kg de mel por ano, ele precisou cumprir algumas etapas antes de participar do curso de BPF.

O primeiro passo foi conseguir junto à Emater o perfil de Agricultor Familiar e a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento comprobatório deste perfil. Junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o apicultor precisou tirar a Inscrição Estadual de Produtor Rural, os Cadastros do Produtor e da Propriedade, e comprovar que possui um local separado da residência com condições sanitárias adequadas à produção.

A partir daí, também no IMA, Matoso cadastrou a sua agroindústria e, com a assinatura do Termo de Compromisso entre ambas as partes, que ocorreu em dezembro do ano passado, começou a contar o prazo de dois anos para o cumprimento integral das obrigatoriedades, entre elas o curso de Boas Práticas de Fabricação. “Aprender é sempre muito importante porque são nesses momentos que vemos o que não estamos fazendo da forma correta. Todo o conteúdo foi muito bom, mas destaco a parte sobre a higienização no processo de fabricação. Como a abelha é responsável por 100% da fabricação do mel, qualquer contaminação no produto é de responsabilidade do homem. Ou seja, da hora que saímos para colher o mel até a sua chegada ao ponto de venda a responsabilidade é nossa”, enfatiza.

Em quatro dias de treinamento que totalizaram uma carga horária de 32 horas divididas em conteúdos teóricos e práticos, João Luiz Matoso e outros 12 colegas também realizaram sob a supervisão do zootecnista e instrutor Hélio da Silva a implantação do Manual de Boas Práticas de Fabricação, que inclui os Procedimentos Operacionais Padrão – POPs, e aprenderam a interpretar os laudos das análises dos processos. De acordo com o instrutor, as principais dúvidas da turma se concentraram nas “análises de risco de contaminações no processo produtivo, desde a saída de casa para o apiário, passando pela colheita dos produtos nas colmeias, transporte e beneficiamento do mel na agroindústria.”

Rafael Rodrigues de Almeida, representante regional de Educação Sanitária e Apoio à Agroindústria Familiar do IMA – coordenadoria de Curvelo, explica que a habilitação sanitária do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) proporciona ao produtor agregação de valor ao produto e à marca. “Isso porque o mercado varejista em atendimento às legislações vigentes está cada vez mais ofertando aos seus clientes produtos que tenham sido inspecionados pelos órgãos reguladores competentes, possibilitando, assim, uma maior abertura de mercado aos produtos legalizados com consequente aumento no faturamento para os produtores que estão atentos a esta demanda”, detalha.

Animado com o processo de certificação junto ao IMA, João Luiz Matoso diz que tem projetos para expandir os negócios em um futuro próximo. “Durante o curso, o instrutor nos passou noções básicas sobre a produção de própolis que me despertaram o interesse em investir também neste produto, de fácil comercialização e maior valor agregado.”

Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
www.senarminas.org.br

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