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Alagoas

JAA contribui para que produtores rurais cumpram Lei da Aprendizagem

33,33% dos jovens aprendizes da primeira turma de 2020 foram contratados por fornecedores em parceria com usina

28 de janeiro 2020

Por: Ascom Faeal

Primeira turma do JAA em 2020 é da Usina Caeté

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – têm apoiado os produtores rurais para que cumpram a Lei da Aprendizagem. E os resultados começam a aparecer. Nesta segunda-feira, 27, a primeira turma de 2020 do programa Jovem Agricultor Aprendiz – JAA –, para a formação de mecânicos em manutenção de tratores, iniciou as atividades na Usina Caeté, em São Miguel dos Campos, com 7 dos 21 alunos (33,33%) contratados por meio de uma parceria entre a empresa e três fornecedores.

“Os produtores nos procuraram para ver a possibilidade de incluir aprendizes que eles precisavam contratar em nossa turma. O contrato foi revisto entre os departamentos jurídicos da usina e do Senar, definindo as responsabilidades de todas as partes, e nós fizemos todo o processo seletivo com o suporte financeiro dos fornecedores para a realização de exames médicos e a contratação dos aprendizes”, explica Marta Santos, gerente de Gestão de Pessoas da Caeté.

Aos 18 anos, Everton Soares dos Santos é um dos sete selecionados por meio da parceria. Para ele, ingressar no programa Jovem Agricultor Aprendiz traz novas perspectivas de futuro. “Estou muito feliz, acho que essa oportunidade não só vai ajudar a melhorar minha vida como a da minha família. Eu sempre gostei de estudar matemática, o curso do Senar vai mexer com cálculos, com máquinas, quem sabe eu não possa depois fazer uma faculdade na área de engenharia?”, projeta o garoto.

Everton dos Santos já pensa em cursar Engenharia

Para todos os 21 alunos da nova turma de Mecânico de Manutenção de Tratores da Caeté, o JAA representa a primeira assinatura na Carteira de Trabalho e a possibilidade de permanecer na empresa. Hoje, 65 colaboradores da usina são ex-aprendizes. “Naturalmente esses jovens estão aqui para aprender, mas isso não tira deles as responsabilidades profissionais. Todos são registrados, têm horário a cumprir, e tudo isso já é um exercício dentro do processo de aprendizagem”, destaca Marta Santos.

O curso tem carga horária de 1.000 horas divididas em atividades teóricas e práticas. Durante um ano, os alunos desenvolvem valores humanísticos e competências técnicas, de educação permanente, sociais e interpessoais. “Além da manutenção de tratores, eles aprendem sobre comunicação oral e escrita, cálculos matemáticos, informática, cidadania, higiene e qualidade de vida, integração no trabalho, princípios de qualidade e gestão empreendedora. Isso significa dizer que nós oferecemos uma formação abrangente, uma preparação para o mundo do trabalho e para a vida”, ressalta a coordenadora técnica do Senar Alagoas, Graziela Freitas.

Alunos recebem fardamento e orientações na primeira aula

Orientação

Desde o segundo semestre do ano passado, o Ministério Público do Trabalho – MPT –, a Superintendência Regional do Trabalho – SRTb/AL – e o Tribunal Regional do Trabalho – TRT – vêm realizando um trabalho de conscientização e orientação do produtor rural sobre os benefícios da contratação de jovens aprendizes no campo. Segundo a procuradora do MPT, Virgínia Ferreira, é preciso preparar os jovens para o exercício profissional, dando-lhes oportunidade de inserção no mercado de trabalho, de forma protegida.

“O Senar oferta aos produtores rurais cursos com reconhecida excelência, em diversas atividades agrícolas e na pecuária. O trabalhador qualificado apresenta melhor produtividade, maior zelo no uso de ferramentas e insumos, menor risco de sofrer acidentes do trabalho, entre outras inúmeras vantagens. Com o passar do tempo todos enxergarão a aprendizagem como uma grande aliada para o desenvolvimento e transformação da sociedade”, comenta Virgínia Ferreira.