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Instrutores participam de jornada pedagógica em BH para trabalhar com jovens e adolescentes
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A iniciativa do SENAR Minas é capacitar estes profissionais para programas especiais que lidam diretamente com este público

10 de março 2016
Por Senar

Até sexta-feira (11), 53 instrutores de diversas áreas e localidades que atuam nos cursos do SENAR Minas estarão reunidos em Belo Horizonte aprendendo mais sobre como trabalhar com jovens e adolescentes. Trata-se da Jornada Pedagógica: Ensino-Aprendizado de Jovens e Adolescentes, que vai capacitar estes profissionais para programas especiais que lidam diretamente com este público e/ou têm recebido muitas pessoas nessa faixa etária, como Jovem no Campo, Formação por Competência e Aprendizagem Rural.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19 anos; de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vai dos 12 aos 18 anos. Por ser uma fase intermediária, o indivíduo lida com mudanças físicas, sociais e psicológicas que ele não entende completamente – tampouco quem convive com ele. Por isso, lidar com esse público e garantir um processo de ensino-aprendizagem eficaz exige conhecimento específico para os instrutores. Mírian Rocha e Cristiane Trigueiro, da Assessoria Pedagógica do Senar, organizaram os trabalhos.

Para ajudá-los a entender o que se passa, Alfredo Gomes da Costa, pedagogo e palestrante especialista em Recursos Humanos e consultor na área de desenvolvimento social e ação educativa, e Solange Regina Pinto, pedagoga e educadora social com especialização na educação de jovens em situação de risco – além de instrutora de cursos do SENAR – trabalham com o grupo desde segunda-feira.

Presença efetiva na vida do aluno

Sob o título “Como turbinar o potencial dos jovens”, o professor Alfredo trouxe métodos e técnicas para o trabalho com jovens na perspectiva da educação integral – não a educação por maior tempo, mas sim a educação que desenvolva o potencial do jovem em quatro campos: afetivo, racional, corporal e espiritual (não religioso, mas sim como reflexão da existência humana). O palestrante também destacou a importância da construção da identidade do jovem e da pedagogia da presença – ou seja, a presença do educador na vida do estudante não só com seu tempo, mas também afetivamente, com seu interesse.

Alfredo Gomes da Costa

Alfredo Gomes viu um grande potencial de educadores sociais na turma, já que todos atuam nas frentes de ação social e educativa do SENAR. “Isso foi muito forte. Senti que o que mais despertou o interesse deles foi a percepção do ser humano em toda a sua complexidade. Eles estão saindo com uma visão de homem bem mais ampla”, opinou. Para o especialista, o maior desafio destes educadores será alinhar sua forma de atuar com as formas de atuação dos “educadores familiares” (que nem sempre coincide com os familiares) e dos “educadores escolares” (professores, diretores). “Sem esse alinhamento, o jovem se confunde”, resume.

Cada adolescente é único

Solange Regina Pinto trouxe o tema “Jovens e adolescentes: como trabalhar com esse público?”, onde desenvolveu três perguntas principais: o que é adolescência (conceito); quem é o jovem do século XXI (pressões e conflitos sociais, transtornos, influências, relações, etc.); e como trabalhar com o jovem, em que traria ferramentas do dia a dia que podem ajudar o instrutor “baseadas na metodologia do Senar, que é muito dinâmica e ótima para trabalhar com eles”, explicou.

Solange Regina Pinto

Apesar das classificações etárias da OMS e do ECA, Solange frisa que “cada adolescente é um adolescente” e que isso depende de vários fatores – com grande destaque para o histórico familiar e sua interação nesse ambiente. Como exercício, ela convidou os colegas a relembrarem sua adolescência e como interagiam com o mundo nesse período. Do ponto de vista de palestrante, Solange acredita que os instrutores sairão da jornada mais preparados para lidar com esse público, porque, para ela, a maior dificuldade de trabalhar com os jovens é que não entendemos seu modo de pensar. Do ponto de vista de instrutora, a pedagoga afirma: “tenho certeza que nenhum instrutor vai sair daqui o mesmo”.

Influência na vida e no trabalho

Ana Carolina Knychala, de Uberlândia, atua pelo SENAR há dois anos e achou a oportunidade da jornada “maravilhosa” - ela espera captar tudo que está sendo passado e conseguir aplicar tanto na vida profissional quanto familiar, já que tem filhos próximos dessa fase. “É uma oportunidade de entender mais do jovem e como posso preparar meu curso para que a aprendizagem seja mais afetiva e de fato aconteça”, disse. Também há dois anos com o SENAR, José Luis da Silveira Leonardo, de Montes Claros, atua na área de Equideocultura e também está muito satisfeito com a capacitação. “Estou achando fantástico, tem muito peso na parte profissional e pessoal. Está me abrindo um campo de trabalho muito interessante, que é o do jovem, minhas expectativas são as melhores possíveis”.

Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
www.senarminas.org.br

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