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Feijão agora pode ser rastreado pelo celular do consumidor
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27 de junho 2017
Por CNA

Por: Gazeta do Povo

Bovinos são rastreados e marcados para atestar a qualidade sanitária e origem do rebanho. Com o feijão, isso não acontece. Ou melhor, não acontecia, pois neste mês começou a circular o “feijão premium”, com origem na região de Castro, no Paraná - maior produtor de feijão do Brasil.

Se “moda pega”, o consumidor brasileiro será beneficiado, já que é o povo que mais consome o cereal no mundo, com média de quase 15 kg por pessoa ao ano.

Apesar da quantidade, “os empacotadores não sabem de onde vem o produto, nem como foi produzido”, explica diretor de operações da Castrolanda, Marcos Antônio Prado. “Nessa nova linha que estamos produzindo, acompanhamos todo processo de produção do feijão preto e carioquinha”, completa, referindo ao lançamento da empresa, o Feijão Tropeiro Premium.

Feijão com QR Code
As informações coletadas são repassadas ao consumidor pelo próprio pacote do feijão, da seguinte maneira:

Ao final da colheita, é feita uma seleção dos maiores e melhores feijões. O cereal é, então, empacotado e distribuído ao varejo com uma embalagem diferente. A partir de uma espécie de código de barras (QRCode), basta apontar a câmera do celular para ser redirecionado ao site do produto, que apresenta informações do processo de produção da linha Premium de feijão da Castrolanda.

A promessa, contudo, é que ainda neste ano o consumidor tenha mais informações e conheça com mais precisão, a partir do QR Code, de qual propriedade saiu o feijão que está no pacote que está sendo adquirido.

Feijão premium: selecionado da terra ao celular
A ideia da cooperativa é acompanhar o produtor desde que a semente selecionada especialmente para a produção é colocada na terra. Outra meta é diminuir o uso de agroquímicos. Tudo com o acompanhamento da Fundação ABC, uma ONG de soluções tecnológicas para o agronegócio.

Willem Bauwman é um dos escolhidos para produzir o alimento. Ele irá plantar sua primeira safra premium em outubro, para colher em janeiro.

“Existem pequenas diferenças de cultivo e uso de defensivos ”, conta. A motivação, segundo ele, vai além do recebimento de um valor extra por plantar sementes diferenciadas. “Indica que sou um produtor confiável”, completa.

Nessa primeira distribuição, foram produzidas cerca de 1 mil toneladas em 300 hectares de feijão preto e carioquinha.

“O produto está sendo inicialmente ofertado em três redes de supermercados de Curitiba”, informa Cleverson Castilhos, coordenador de vendas para o varejo. “E queremos evoluir para outras variedades, como o feijão vermelho”, completa Everson Lugarezio gerente de negócios de feijão da Castrolanda.

A intenção é expandir a produção para cooperados em São Paulo e no Centro Oeste, a fim de oferecer feijão durante todo o ciclo anual e também expandir a linha para outras regiões do Brasil.