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Especialistas apontam melhora de cenário no Brasil e dúvidas serão superadas com definição de interinidade no Governo
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7 de julho 2016
Por CNA

Brasília (06/07/2016) – Apesar das incertezas em relação ao quadro político e econômico do país que precisam ser superadas, há expectativas de melhoria no cenário. A interinidade do governo do presidente em exercício, Michel Temer, dificulta a consolidação de medidas esperadas pelo setor produtivo e pela sociedade. O ambiente de dúvidas pode desaparecer a partir de agosto, quando o Senado aprovar o processo definitivo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Este cenário foi traçado pelo presidente do Instituto CNA (ICNA), Roberto Brant, e pelos economistas Sérgio Vale e Cristina Barros, da MB Associados, em videoconferência nesta quarta-feira (06/07), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, com a participação de federações estaduais de agricultura e pecuária. O objetivo foi mostrar e discutir a atual conjuntura política e econômica no país.

“Esperamos boas notícias para saber se o país será colocado nos eixos”, afirmou o presidente da CNA, João Martins. “Hoje o governo padece da fraqueza da interinidade. Está querendo resolver os problemas reais e já temos algumas medidas na direção correta. Também conta com nomes qualificados para as estratégias necessárias, mas não pode avançar antes de uma definição do processo de impeachment”, ponderou Roberto Brant.

O presidente do ICNA apontou algumas medidas positivas adotadas nestes dois meses do governo Temer. Entre elas: a nova proposta de Desvinculação de Receitas da União (DRU), a estipulação de um teto para os gastos públicos e a lei das estatais, que estão no Congresso Nacional para aprovação. No entanto, ele ressaltou a necessidade de ajustes fiscais mais rápidos e da redução dos gastos públicos. “Ainda não se viu nenhum passo efetivo nesta direção”, justificou.

Outro ponto levantado no encontro foi a taxa de câmbio. De acordo com Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o Real deve reduzir o ritmo de desvalorização em relação ao dólar e ficará na faixa dos R$ 3,10, neste ano, e em R$ 3, em 2017. Segundo o economista, hoje não se projeta a volta da moeda norte-americana a um patamar acima de R$ 4. Para Cristina Barros, o movimento do câmbio sinalizam uma menor desvalorização e o setor agropecuário e os produtores que exportam terão que se adequar a esta nova realidade.

Em relação aos juros, a sinalização da MB Associados é de queda da taxa Selic, referência para os encargos financeiros cobrados pelos bancos, apenas em outubro. Hoje, a Selic está em 14,25%. Contudo, para que os juros comecem a cair, será necessário acompanhar o movimento da inflação, além de uma aceleração nos ajustes fiscais para reduzir o tamanho da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). “A tendência é de que a partir de agosto, o governo terá maior grau de liberdade para adotar as medidas necessárias”, salientou Barros.


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