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Em Roraima, Safra de Soja de 2016 supera em 40% ano anterior e garante lucro de R$90 milhões de reais
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5 de setembro 2016
Por CNA

Boa Vista/RR (05/09/2016) – A colheita de soja 2016 em Roraima começou. Produtores esperam uma boa safra, plantada em 76 mil hectares e uma expectativa de lucro de aproximadamente R$ 90 milhões de reais, segundo informações da Comissão da Colheita da Soja (CoC Soja). Os dados foram apresentados durante a cerimônia de abertura da colheita, que ocorreu na manhã deste sábado, (03/09), na Fazenda Luana Luiza, na zona rural de Boa Vista. Mais de 1.500 pessoas, entre produtores rurais, estudantes, moradores e profissionais de vários segmentos, participaram do evento, que foi marcado por varias atrações: uma simbólica colheita da semente, apresentação de show de comédia e duplas sertanejas.

De acordo com o presidente da CoC Soja, Marlon Buss, o estado tem potencial enorme para produzir mais oleaginosa. A qualidade das lavouras, que na safra de 2016 é uma das melhores da história da região, vai possibilitar que a produção do grão supere 40% da safra passada. “Hoje temos 25 mil hectares de soja. Vamos fechar 2016 com 76 mil. É um crescimento muito bom”, comemorou. E acrescenta: estamos apenas iniciando as atividades.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima, Silvio Carvalho, que também participou da solenidade de abertura, aproveitou o momento para falar sobre as qualidades da produção agrícola da região e também de sua geografia. “O estado é muito bem localizado, tem quase um milhão de hectares de cerrados, com 25 mil hectares de soja e com perspectivas de alcançar um milhão em médio prazo”, frisou.

Para ele, o grão é uma cultura viável, com uma produtividade excelente, uma vez que o estado colhe duas cultivares em um ciclo de produção de 88 dias. “Aproveito esse evento e convido a todos os produtores brasileiros para conhecerem nosso potencial da última fronteira agrícola do país. Venham investir aqui na região, vocês serão sempre bem-vindos. Estamos geograficamente bem localizados, temos terras boas, baratas e produtivas. Vocês vão gostar”.

A solenidade de abertura ocorreu na fazenda do produtor Leonir Laismann, mato grossense que veio para Roraima produzir soja. Ele disponibilizou sua propriedade para mostrar o que da terra pode-se esperar na produção de grãos no estado, e, com isso, atrair novos investidores. “Hoje tenho 1000 hectares de semente plantados e a expectativa de plantar mais 400 para a próxima safra”.

A colheita também atraiu a atenção de dois estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima: Sérgio Oliveira, 17 anos, e Bruna Chaves 15 anos. Ambos os adolescentes estudam técnica agropecuária como passo inicial para ingressar no setor produtivo que tanto cresce no estado. A família de Sérgio já é do ramo, atua na pecuária. “Quero ser um grande produtor. Alçar voos mais altos que o meu pai”, contou o garoto. Já Bruna pensa em trabalhar na área administrativa e sabe que Roraima tem muitas chances de crescer. “Vivemos em prol da agropecuária aqui”, descreveu.

Orgulho nacional – Para o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, Roraima vem se consolidando como um grande estado produtor de soja, com produção crescente, que mudará o cenário econômico e social da região. “O estado tem mais luz por estar acima do Equador. Tem o mesmo período de produção que os Estados Unidos, tem água, terra e boas condições climáticas”. No entanto, observou ele, ainda existem alguns gargalos, tais como: a regularização fundiária, zoneamento agroclimático, energia elétrica. “Desafios que também não são diferentes de toda a agricultura de um modo geral e que podem ser vencidos”.

Vice-presidente da CNA e Presidente da FAEG, José Mário Schreiner

Schreiner também frisou a necessidade de as autoridades olharem diferenciadamente para a concessão do crédito rural na região, por sua peculiaridade. Ele explica: “Aqui o plantio é de abril a maio, diferente do resto do Brasil, que é de outubro a dezembro. O regime de chuva também se difere. Questões que devem ser avaliadas e levadas em conta pelo governo na hora de avaliar a liberação do crédito rural”. E finalizou: “Apesar de todas essas questões, a sociedade roraimense e das outras regiões brasileira já podem se orgulhar da nossa agropecuária, o setor que garante a maior entrada de recursos para o país”.


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