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Dia de Campo do PRADAM mostra tecnologias de produção sustentável em Rondônia
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O Projeto de Recuperação de áreas Degradadas na Amazônia é uma ação do SENAR e FAO com o apoio da Embrapa e do Mapa

26 de agosto 2016
Por Senar

O Campo Experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, foi cenário de mais um Dia de Campo do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), nos dias 25 e 26 de agosto. Os participantes tiveram acesso a informações sobre a tecnologia Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e observaram dois experimentos com os componentes desse sistema.

O PRADAM foi realizado graças à parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com o suporte de suas Administrações Regionais, e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) como as tecnologias Sistema Plantio Direto, Recuperação de Áreas Degradadas, Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais, dentre eles a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A ação aconteceu na região amazônica com o apoio do o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa.

Presidente da FAPERON, Hélio Dias

Na abertura do evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON), Hélio Dias de Souza, declarou que há entre cinco e seis milhões de hectares de áreas para serem recuperadas no Estado, necessitando de investimento em tecnologia. “O PRADAM é um projeto necessário para apoiar as ações das entidades que atuam na produção agropecuária. Incorporar essas áreas no processo produtivo vai possibilitar o desenvolvimento regional, aumento da rentabilidade das propriedades rurais e crescimento do setor agropecuário”, defendeu o presidente.

Os participantes assistiram a palestras sobre uma das quatro tecnologias disponíveis no PRADAM, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), ministradas pelos pesquisadores da Embrapa. A inserção do componente florestal em sistemas ILPF foi o tema abordado por Henrique Nery Cipriani. O pesquisador Vicente de Paulo Campo Godinho falou sobre as perspectivas e potencialidades da ILPF em Rondônia.

Pesquisador da Embrapa Vicente de Paulo Campo Godinho

Ele mostrou as características do solo e a distribuição pluviométrica na região. “A floresta plantada, com o Sistema Plantio Direto, é uma grande oportunidade para esta região já que 75% do solo têm aptidão para a atividade agrícola”, declarou o pesquisador.

Já o pesquisador Ademir Hugo Zimmer falou sobre os aspectos gerais do componente animal nos sistemas ILPF. “Essa tecnologia possibilita a recuperação das pastagens e produção de grãos nessa região. Após a produção de grãos, temos o solo corrigido e melhores condições para a produção de uma nova pastagem”, comentou.

Pesquisador da Embrapa Gado de corte, Ademir Hugo Zimmer

Ele explica que, embora a implantação da ILPF não seja tão simples, o saldo é positivo. “Se imaginarmos um pecuarista produzindo grãos e árvores ele vai precisar de uma boa orientação técnica para que as atividades sejam bem conduzidas e gerenciadas. É justamente sobre isso que tratamos no PRADAM”, considerou Zimmer, complementa que, “em casos como esse, a produção de grãos vai possibilitar novas atividades como, por exemplo, a suinocultura, a avicultura e a piscicultura”.

Gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça

O gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça, explica que a ILPF vai ao encontro das necessidades dos produtores rurais. “Além de proporcionar bem-estar aos animais, a plantação de florestas pode gerar renda no futuro com o corte da madeira para fins comerciais”, observou.

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, destacou que as tecnologias produtivas adaptadas ao bioma Amazônico podem contribuir para a redução do desmatamento e para a redução da pressão sobre as florestas. “A vantagem da utilização de tecnologias de baixa emissão de carbono são inúmeras. Dentre elas, a propriedade rural pode ser tornar mais sustentável, mais eficiente e ainda pode gerar mais lucratividade”, destacou.

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa participou do evento

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa veio do Paraná para Rondônia há pouco mais de quatro meses para atuar com georreferenciamento de imóveis rurais. Ele viu no Dia de Campo do PRADAM a oportunidade de se atualizar sobre a produção de florestas. “Por tudo o que foi explicado nas palestras, vimos que por meio da utilização de tecnologia é preciso ter sinergias entre os envolvidos na agropecuária de Rondônia para a melhoria da produtividade, aliando a produção com a sustentabilidade”, concluiu.

Entre os meses de julho e agosto, as ações do PRADAM alcançaram produtores rurais, técnicos e outros profissionais envolvidos com diversas cadeias produtivas na região Amazônia no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia. O SENAR ainda foi responsável pela capacitação de técnicos de assistência técnica pública e privada desses estados.

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