ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Custos de produção da soja, milho e feijão aumentaram de 15% a 20% na última safra
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27 de julho 2016
Por CNA

Brasília (27/07/2016) – Os custos de produção de grãos, principalmente da soja, milho e feijão, tiveram aumento de 15 a 20% na safra 2015/2016, em relação à safra passada, devido à alta dos preços do adubo, defensivos agrícolas e sementes. A quebra de safra provocada principalmente pelas perdas das áreas de sequeiros e em menor participação das áreas irrigadas também reduziu a rentabilidade dos produtores. Os dados foram levantados pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante os painéis de grãos irrigados realizados em Cristalina (GO) e Unaí (MG), na última semana.

Os produtores de grãos de Cristalina relataram que a rentabilidade da produção na última safra foi prejudicada, por conta dos problemas ocorridos pela estiagem. Em Unaí, a safrinha e a safra de verão também foram impactadas pela seca. “Algumas plantações de milho safrinha e feijão nessas regiões foram afetadas, mas ainda assim, os produtores conseguiram pagar os custos de produção”, afirmou o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski.

Os técnicos do Campo Futuro constataram que os produtores dessas duas regiões são tecnificados e capacitados para produzir em áreas irrigadas. “Uma plantação com esse sistema produz de 20 a 30 sacas, por hectare, a mais do que a de sequeiro. Desta forma, a produção em lavouras irrigadas trazem maior segurança aos produtores principalmente em períodos de estiagem, como a que ocorreu na safra atual”, disse o assessor.

Assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski

Feijão – A expectativa de aumento da área plantada de feijão irrigado não se concretizou. De acordo com o representante da CNA, o motivo não foi à falta de água em pivôs para irrigar as lavouras e sim o investimento em outras culturas mais rentáveis para os produtores. “Alguns agricultores plantaram batata, tomate, ervilha e fecharam contratos antecipados e devido a isso, não puderam aproveitar os bons preços do feijão”, explicou Alan.


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