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CNA é homenageada no encerramento do Rally da Pecuária 2016
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1 de julho 2016
Por CNA

Brasília (01/07/2016) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) recebeu homenagem, na tarde dessa quinta-feira (30/06), na cerimônia de encerramento do Rally Pecuária 2016, em São Paulo. O coordenador técnico da expedição, Maurício Palma Nogueira, entregou o prêmio ao Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, como forma de reconhecimento pelo apoio institucional da entidade à realização do Rally, entre os dias 11 de abril e 10 de junho.

O evento, que reuniu aproximadamente 200 participantes, divulgou os resultados da expedição em propriedades rurais dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre. No total, foram percorridos mais de 60 mil quilômetros para levantar dados sobre estratégias nutricionais, o uso de insumos tecnológicos e comercialização de animais. Foram realizados também, 13 seminários regionais sobre tendências de mercado, cenários e iniciativas para aumentar a rentabilidade na pecuária.

O levantamento feito pelo Rally da Pecuária, a partir de entrevistas com produtores de bovinocultura de corte, revelou que a alta nos preços do milho e a expectativa de uma safra menor do grão devem provocar queda de 11% a 15% na intenção de confinamento neste ano. Se a projeção for confirmada, haverá redução de 580 mil cabeças, o que implicaria numa queda de 5,2 milhões para 4,6 milhões de cabeças de gado no volume total do confinamento brasileiro.

“Com esse resultado, a tendência é de que o produtor entregue uma quantidade menor de animais, represando parte da oferta para 2017. Mesmo os que terminarem o confinamento em 2016, a projeção é de redução no peso médio de abate e consequente piora na qualidade de terminação. O impacto na receita das propriedades é direto”, explicou Maurício Palma Nogueira.

Apesar do cenário de redução na oferta de carne, o coordenador lembra que a definição de preços dependerá também da demanda do mercado, tanto para exportações, como para o consumo interno. “Mesmo que os produtores abatam a quantidade de animais próxima do que era esperado, o rendimento de carcaça por animais abatidos será menor que em 2015”, completou Nogueira.

O sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, afirmou que o mercado de milho só deverá estabilizar no segundo semestre de 2017, quando a oferta se reequilibrar e os preços recuarem. “A exportação aquecida do milho é a principal responsável pela alta de mais de 40% dos preços no mercado interno”, disse.

As equipes de técnicos agropecuários identificaram, por meio de questionários, que 15% a 20% dos pecuaristas, que trabalham com o maior nível de produtividade no público avaliado pela expedição, serão responsáveis por 45% a 50% da oferta de animais em 2016. O comportamento indica que os preços pagos no mercado tendem a se ajustar aos produtores de melhor nível tecnológico, com maior capacidade de resposta.

Com relação às pastagens, o Rally confirmou que 3% dos pastos visitados estão degradados e 9% em estágio avançado de degradação, índice semelhante ao observado nas edições anteriores. De acordo com Maurício Nogueira, a diferença entre os pastos degradados e em estágio avançado de degradação reside na possibilidade de recuperação. Enquanto no primeiro caso, a única alternativa é a reforma completa da área, com replantio do capim, no segundo caso há a possibilidade de recuperar o capim existente, revertendo o processo de degradação e evitando que a área chegue ao estágio final.

“A principal vantagem da recuperação é o custo menor, cerca de 50% a 60% do valor da reforma. As vantagens econômicas e ambientais da recuperação são incontestáveis”, reforçou.

Essa foi a edição do Rally da Pecuária com maior público já registrado. Mais de mil questionários foram respondidos por produtores e outros 700 por técnicos. Os 11 estados visitados respondem por mais de 83% do rebanho bovino e 90% da produção nacional de carne.

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