CNA e IBDA iniciam série de lives sobre o Fiagro
Primeiro debate ocorreu na quinta (9)
Brasília (09/09/2021) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) realizaram, na quinta (9), o primeiro debate de uma série de lives sobre o Fiagro (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais).
O Fiagro foi instituído pela Lei 14.130/2021 com o objetivo de ampliar o portfólio de instrumentos de captação de recursos privados para o agronegócio. Do ponto de vista do investidor, um fundo possibilita a diversificação do risco assumido, o que tende a ampliar a liquidez do mercado.
É um instrumento complementar a outras formas de financiamento que os agentes do agronegócio, incluindo os produtores rurais, já podem tomar.
O tema do encontro online foi “Como o Fiagro pode ser utilizado no mercado de terras?”. Na abertura, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, afirmou que Confederação trabalha e busca, há muito tempo, diversificar as formas de financiamento para o setor. “O Fiagro surge como um novo instrumento para financiar o produtor rural”.
Já o presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, deputado José Mário Schreiner (DEM-GO), afirmou que a política de crédito oficial brasileira é importante para a atividade, porém financia apenas 30% do volume necessário para a safra. “Por isso defendemos constantemente a busca por novas fontes de financiamento. O Fiagro é uma ferramenta, um instrumento, que veio pra ficar e vai colaborar muito para o financiamento no setor”.
Autor do Projeto de Lei que criou os fundos de investimento no agronegócio, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que o Fiagro não só revoluciona os investimentos no setor, mas também o mercado de capitais.
“Os fundos vêm para criar instrumentos mais estáveis. Uma das vantagens de o produtor ter o imóvel integrado a um fundo é a segurança jurídica, pois ele passa a repensar sua relação de arrendamento”, afirmou.
Em sua apresentação, a CEO da RB Securitizadora, Flávia Palácios, levantou duas questões importantes com o surgimento do Fiagro: a governança e a transparência. “A governança é considerada um pré-requisito do mercado de capitais, pois o investidor lá na ponta vai demandar”.
Com relação à transparência, Flávia explicou que é um ponto que tende a favorecer o mercado como um todo. “A transparência tem efeito na precificação dos produtos e em como as transações estão sendo feitas. Com a transparência no mercado de capitais será muito mais fácil para os produtores acessarem os recursos”.
Durante a live, o sócio fundador da VBSO Advogados, Paulo Vaz, falou sobre como o Fiagro pode ser utilizado para organizar o patrimônio rural e viabilizar a sucessão familiar de forma mais segura.
Por fim, o sócio da Modalmais, Fábio Fukuda, afirmou que o Fiagro é um investimento que faz todo sentido do ponto de vista de proteção da inflação, principalmente quando se trata do setor imobiliário. “O Fiagro, com todas suas vantagens tributárias, vem para somar, trazer mais participantes e investidores”.
Veja as datas das próximas lives:
23/09:
Como o Fiagro pode ser utilizado para financiar estruturas de armazenagens?
07/10:
Como captar recursos por meio do Fiagro-Fidc (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios)
Assista a live “Como o Fiagro pode ser utilizado no mercado de terras?” na íntegra:
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