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CNA e APEX apostam na qualidade da produção brasileira para a ampliação e conquista de novos mercados
Brasília (30/08/2016) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu, nesta terça-feira, dia (30/08), a visita do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (ApexBrasil), embaixador Roberto Jaguaribe, na sede da Confederação. No encontro, foi debatida a posição dos produtos agropecuários no cenário das exportações brasileiras.
Após a vinculação da Apex ao Ministério das Relações Exteriores, está sendo elaborado um grande projeto para incremento das exportações brasileiras, conforme revelou seu presidente. “A agropecuária, responsável por mais de 40% do comércio externo do país, ocupa somente algo em torno de 15% das ações da Agência. Portanto, espero abrir espaço, nesse projeto, para que a agricultura e a pecuária brasileira assumam sua importância nas relações de comércio internacional”, afirmou o embaixador.
João Martins lembrou que a CNA vinha fazendo gestões, junto à Apex, para promover o setor de fruticultura. “Estavam previstas palestras de sensibilização dos produtores para atender as barreiras tarifárias nas exportações e, especialmente, para se produzir com qualidade que atenda as exigências fitossanitárias. Entretanto, com a situação política do país, a Apex havia interrompido o projeto”, disse.
Segundo o embaixador Roberto Jaguaribe, a Apex está em conversação com o setor de fruticultura para incluí-lo no projeto da Agência. De acordo com o embaixador, o projeto considera atuar em dois aspectos relevantes: a imagem internacional do Brasil que estaria ligada injustamente à devastação de florestas e, portanto, precisa de reafirmação da sustentabilidade que verdadeiramente se pratica na produção agropecuária do país. E o segundo aspecto que se refere à ampliação e o acesso a novos mercados.
“Temos o representante brasileiro na China percorrendo grandes centros potenciais buscando novos espaços comerciais. Vamos elaborar seminários. Muitos países se fecharam para nossos produtos e a China vem liberando parcelas de seu mercado ‘a conta-gotas’. Porém, cada gota naquele país representa muito para nossa produção”, registrou Roberto Jaguaribe.
Para o presidente da CNA, João Martins, outro tema que merece atenção diz respeito à necessidade de se agregar valor à produção nacional, o que exige, segundo ele, maior nível de competência. “Produtos com maior valor agregado têm maior resistência para entrar nos mercados internacionais. A China impõe restrições a nossos produtos mais elaborados e nesse sentido contamos com a atuação da Apex”, alertou João Martins, pedindo postura mais agressiva dos negociadores brasileiros e mais participação da agropecuária nos projetos da Agência.
Na opinião do presidente da Apex, uma forma de romper as resistências do mercado chinês seria instalar a sede do processamento naquele país. “No caso do café, por exemplo, devemos instalar fábrica de processamento na própria China, com o tempo vamos maximizar os benefícios e confirmamos nossa presença no mercado chinês”, disse Roberto Jaguaribe, acrescentando que “a Apex é toda agropecuária”.
Lembrando que a CNA existe para defender os interesses do produtor, “a vinda da Apex em nossa sede com propostas de trabalho mútuo no interesse da classe, damos a certeza de que estaremos juntos”, finalizou João Martins.
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