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Borracha natural e látex são destaques em pesquisa da CNA sobre produtos não madeireiros
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24 de junho 2016
Por CNA

Brasília (24/06/2016) – A pesquisa da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre a produção não madeireira apontou a borracha natural e o látex, produtos extraídos das seringueiras, como principais itens do setor florestal brasileiro, correspondendo a 67% das respostas. Outros produtos como resina (pinus), óleos vegetais (eucalipto) e taninos (acácia), apresentaram o valor de 9%, 5% e 4%, respectivamente. Os dados foram apresentados durante a 35ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural, nessa quinta-feira, (23/06).

O questionário foi elaborado pela CNA, em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), com a finalidade de conhecer melhor a realidade do segmento de produtos florestais não madeireiros. A pesquisa vai contribuir com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDFP), que será o instrumento norteador da Política Agrícola para Florestas Plantadas, definida no Decreto 8.375/2014.

O questionário foi dividido em duas partes. A primeira traz perguntas sobre o destino dos plantios e a organização dos produtores em associações, sindicatos e cooperativas. Das 50 instituições participantes, de 15 estados brasileiros, 30 são sindicatos rurais da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O restante são Federações da Agricultura e Pecuária, associações, cooperativas, empresas privadas e de pesquisas e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) dos estados do Mato Grosso, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul.

Com relação ao vínculo dos produtores com essas instituições, 18 responderam que de 1% a 20% de seus produtores são vinculados a sindicatos rurais, 23 afirmaram também que de 1% a 20% de seus produtores estão ligados a alguma associação e 22 a cooperativas. “Nós constatamos que, apesar da maioria das regiões possuírem poucos ou nenhum produtor vinculado a sindicatos, cooperativas e associações, existem regiões em que quase a totalidade dos produtores estão vinculados”, disse a assessora técnica da Comissão da CNA, Camila Braga.

Sobre produtores certificados, 29 instituições responderam que de 1 a 20% dos representados não possuem a documentação. Já a respeito de produtores com parceria agrícola, 13 entidades revelaram que de 1 a 20% possuem contratos.

Na segunda parte do questionário foi utilizado o modelo importância e satisfação para classificar os fatores. Sobre o crescimento do setor florestal no país, os atributos licenciamento ambiental, infraestrutura e logística, mão de obra e incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias foram julgados como importantes, porém insatisfatórios no atual cenário. No quesito mão de obra, a capacitação foi identificada com grande importância e pouca satisfação.

A íntegra do resultado da pesquisa será divulgada pela Comissão da CNA, após ser encaminhada ao Ministério da Agricultura para formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDFP).

Planejamento em longo prazo – O PNDFP atua como um planejamento setorial das cadeias dos produtos florestais madeireiros e não madeireiros. Ele deve ter um prazo de 10 anos, tendo como conteúdo mínimo: diagnóstico da situação do setor de florestas plantadas, incluindo seu inventário florestal; proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas, e metas de produção florestal e ações para seu alcance. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) ficou responsável por coletar os dados dos produtos madeireiros e a CNA pelos não madeireiros.

“Assim como para os produtos madeireiros, o conhecimento sobre indicadores estratégicos das cadeias representativas dos produtos florestais não madeireiros é extremamente importante para que esses setores estejam representados nas políticas públicas, para melhorias nas condições de acesso a mercado, crédito, seguro rural, preço, dentre outros”, explica o presidente da Comissão de Silvicultura da CNA, Walter Rezende.


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