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21 de janeiro de 2021
PIB do Agronegócio avança novamente em outubro
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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cresceu 2,78% em outubro. Com isso, a alta acumulada no período de janeiro a outubro chegou a 16,81% (Tabela 1). O PIB do agronegócio cresceu lentamente em abril e em maio, devido aos impactos negativos da pandemia sobre diferentes atividades do setor; mas, de junho em diante, o cenário foi marcado por recuperação e aceleração do crescimento do PIB.

No mês, o PIB se manteve praticamente estável para o segmento de insumos (-0,04%) e cresceu para os demais segmentos: 5,98% para o primário, 1,07% para o agroindustrial e 2,33% para o de agrosserviços (Tabela 1). No acumulado até outubro, o PIB teve alta para todos os segmentos do agronegócio: 4,12% para os insumos, 40,08% para o primário, 4,47% para a agroindústria e 14,74% para os agrosserviços (Tabela 1).

Tabela 1. PIB do Agronegócio: Taxa de variação mensal e acumulada no período (%)

Quanto aos ramos do agronegócio, ambos cresceram em outubro e no acumulado do ano. No ramo agrícola, o PIB teve alta de 3,17% no mês e de 14,55% de janeiro a outubro. No ramo pecuário, o PIB cresceu 1,98% em outubro, acumulando alta de 21,95% no período (Tabela 2 e Tabela 3).

A Tabela 2 mostra os resultados do ramo agrícola. Após apresentar nova recuperação em outubro (1,05%), o PIB da agroindústria de base agrícola – segmento do agronegócio mais afetado pela pandemia – passou a acumular alta no ano, de 0,31%. Para os demais segmentos do ramo, o PIB recuou no mês para o de insumos (-0,21%) e cresceu para o primário (7,49%) e o de agrosserviços (2,71%). No período de janeiro a outubro, as altas foram de 3,62% para insumos, 51,63% para primário e 10,25% para agrosserviços (Tabela 2).

Tabela 2. Ramo agrícola: Taxa de variação mensal e acumulada no período (%)

Como destacado nos relatórios anteriores, o importante resultado de alta do segmento primário agrícola reflete os preços maiores na comparação com o mesmo período de 2019 e a expectativa de maior produção na safra atual, com uma safra recorde de grãos e crescimento importante para o café, importante lembrar que o aumento dos preços agropecuários foi motivado principalmente pelo aumento dos preços no mercado internacional e pela desvalorização do Real. Mas, alguns pontos relevantes devem ser reforçados novamente. Primeiramente, ressalta-se que se trata, em partes, de uma recuperação. O PIB desse segmento apresentou quedas sucessivas de 2017 a 2019, resultando numa redução acumulada de 20% nesses 3 anos. Nesse período, de 2017 a 2019, a queda na renda ocorreu mesmo com a produção agrícola tendo crescido quase 20%, refletindo um movimento desfavorável de preços. Em segundo lugar, no caso de alguns grãos, o uso de modalidades de comercialização que envolvem venda antecipada tem sido intenso. Por isso, a maior parte dos produtores não se beneficiou com a forte alta dos preços ao longo de 2020, pelo fato de que o aumento mais intenso ocorreu quando a maior parte da safra já havia sido negociada. Em terceiro lugar, os custos de produção também subiram, embora não nas mesmas proporções dos preços dos produtos. Dados da CNA mostram que o aumento de custo foi de até 15,1% para o café, 14,6% para o milho, 14,2% para a soja, 9,6% para o arroz e 8,5% para o feijão.

A Tabela 3 mostra os resultados do ramo pecuário. O PIB cresceu no mês e no período para todos os segmentos. Em outubro, as altas foram as seguintes: 0,31% para insumos, 3,3% para o primário, 1,29% para a agroindústria e 1,69% para os agrosserviços. No acumulado de janeiro a outubro, os crescimentos foram de 5,16% para os insumos, 22,3% para o primário, 19,48% para a agroindústria e 24,48% para os agrosserviços. Como já discutido em relatórios anteriores, o excelente resultado do PIB do ramo pecuário reflete os maiores preços das proteínas frente ao mesmo período de 2019 e a expansão da produção e abate de suínos e aves e da produção de ovos e leite.

Tabela 3. Ramo Pecuário: Taxa de variação mensal e acumulada no período (%)

Como também destacado nos relatórios anteriores, apesar dos preços maiores, o forte aumento nos custos de produção tem afetado negativamente as margens dentro da porteira e dificultado os investimentos na produção. Além dos insumos de alimentação, que estão expressivamente encarecidos já que os grãos operam em patamares recordes, no caso da pecuária de corte, deve-se destacar também as fortes elevações do bezerro e do boi magro.

SEGMENTO DE INSUMOS: insumos agrícolas e pecuários acumulam alta no período

De janeiro a outubro, o PIB do segmento de insumos do agronegócio cresceu 4,12%, após apresentar estabilidade em outubro (-0,04%) (Tabela 1). No ramo agrícola, o PIB do segmento caiu 0,21% no mês, mas manteve alta de 3,62% no período (Tabela 2). Já no ramo pecuário, o segmento avançou 0,31% em outubro e 5,16% de janeiro a outubro, impulsionado sobretudo pelos altos preços das rações (Tabela 3). Entre as atividades que compõem o segmento, apenas rações e fertilizantes e corretivos do solo apresentam projeção de crescimento do faturamento anual – Ver Figura 1.

Figura 1. Insumos: variação (%) anual de volume, dos preços e do faturamento – 2020/2019 com informações de outubro

Para a indústria de fertilizantes e corretivos de solo, a projeção de alta do faturamento anual (11,55%) é impulsionada pelo crescimento esperado para a produção anual (15,71%), uma vez que, na comparação entre janeiro a outubro de 2019 e de 2020, houve recuo dos preços reais (-3,60%). Esses resultados imprimem o desempenho favorável das commodities agrícolas, que têm impulsionado a rentabilidade dos produtores e favorecido a relação de troca para insumos e, logo, a comercialização de fertilizantes.

Para a indústria de rações, a projeção indica crescimento do faturamento anual (8,85%), resultado da combinação de alta de preços reais (6,20%), na comparação entre períodos iguais, e do crescimento esperado para a produção anual (2,50%). Por detrás disso está o bom desempenho da pecuária brasileira, que tem consumido largamente insumos de alimentação, com vistas a atender à demanda aquecida, e o avanço dos preços dos grãos, como soja e milho, que são importantes matérias-primas para a produção de rações.

Quanto à indústria de máquinas agrícolas, a projeção indica redução do faturamento anual (-1,82%), em virtude do recuo dos preços reais (-2,21%), na comparação entre períodos iguais, frente ao sutil crescimento esperado para a produção anual (0,40%). Conforme destacado em relatórios anteriores, a atividade foi fortemente afetada pelas medidas impostas para a contenção do novo coronavírus, culminando na paralisação temporária das atividades de inúmeras fábricas.

SEGMENTO PRIMÁRIO: PIB agropecuário mantem destaque no agronegócio

O PIB do segmento primário do agronegócio cresceu 5,98% em outubro, acumulando avanço de 40,08% no período (Tabela 1). Em outubro, as altas foram de 7,49% no primário agrícola e de 3,3% no primário da pecuária; no período, as elevações foram de 51,63% e 22,3%, para os segmentos na mesma ordem (Tabelas 2 e 3). No caso do segmento primário da pecuária, o crescimento do PIB não é maior devido ao aumento dos custos com insumos, em especial os gastos com alimentação.

Para o segmento primário agrícola, o crescimento esperado do faturamento no ano é de 27,92%, refletindo as altas de 23,24% dos preços e de 3,80% da produção, considerando as variações médias ponderadas das culturas acompanhadas. Entre os produtos, os destaques em termos de altas de preços no período foram: arroz, milho, soja, café e trigo. Quanto à produção, são esperadas safras maiores em 2020 para algodão, arroz, cacau, café, cana, feijão, milho, soja, trigo e madeira para celulose.

Para o segmento primário da pecuária, considerando a média das atividades acompanhadas, houve alta de 19,58% nos preços na comparação entre os períodos e, para a produção, espera-se redução anual de 0,66%. Como destacado em relatórios anteriores, essa redução reflete exclusivamente o comportamento para o boi gordo, haja vista os aumentos esperados para suínos, ovos, leite e frango. Como reflexo dos bons preços médios, espera-se crescimento do faturamento anual do segmento, de 18,79%.

As Figuras 2 e 3 e a Tabela 4 detalham os resultados específicos do segmento por atividades agrícolas e pecuárias. Entre as culturas do segmento primário agrícola acompanhadas, espera-se crescimento de faturamento em 2020 para: algodão, arroz, cacau, café, cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho, soja, trigo e uva. Já as culturas para as quais se esperam quedas no faturamento são: banana, batata, fumo, mandioca, tomate, madeira em tora e lenha e carvão.

Dentre as culturas com projeção de crescimento do faturamento anual, destaca-se o caso do arroz, em que os aumentos na produção esperada, de 6,68%, e nos preços, de 50,53% na comparação entre janeiro a outubro de 2019 e de 2020, explicam o avanço projetado de 60,57% no faturamento. A Conab aponta que a maior produção é resultado das condições climáticas que favoreceram os ganhos produtivos, haja vista a redução da área destinada à cultura. Com relação aos preços, a equipe Arroz/Cepea destaca que as sucessivas valorizações ao longo do primeiro semestre refletiram a desvalorização cambial, a postura mais ativa dos agentes que anteciparam suas compras devido à pandemia (março e abril) e o alto ritmo de negociação das indústrias e beneficiadoras (maio), com a demanda doméstica aquecida. Nos meses de julho e agosto, as cotações foram impulsionadas pela demanda aquecida e pela retração por parte dos orizicultores, que limitaram as vendas no mercado spot à espera de preços ainda maiores. Em setembro, apesar do anúncio de liberação de importação de arroz fora do Mercosul com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), a paridade de importação elevada com a desvalorização cambial e a disponibilidade restrita do arroz em casca no mercado interno sustentaram a alta nos preços. Em outubro, embora as cotações tenham renovado as máximas reais da série histórica do Cepea, o mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul apresentou baixa liquidez – fraco desempenho de vendas do fardo por parte de indústrias beneficiadoras. Assim, apesar do menor beneficiamento de arroz, as cotações se mantiveram firmes no mês, com produtores disponibilizando apenas lotes pontuais e a valores elevados.

Para o café, a elevação dos preços na comparação entre janeiro a outubro de 2019 e de 2020 (24,17%) e da produção esperada do ano (27,92%) explicam a projeção de crescimento do faturamento (58,85%). De acordo com a Conab, a maior produção é resultado do efeito dos investimentos em tecnologias, das melhorias no manejo da cultura, do uso de materiais genéticos com maior potencial produtivo, da bienalidade positiva e das boas condições climáticas na produtividade. No que se refere aos preços, a equipe Café/Cepea evidencia que o movimento de alta refletiu o comportamento das cotações no primeiro trimestre do ano (entressafra e oferta restrita de cafés finos da safra 2019-2020, desvalorização cambial, impactos da pandemia na cadeia do café nos países produtores e aceleração do consumo dos estoques de passagem nos países consumidores) e nos meses de julho e agosto (demanda firme, valorização externa do grão e desvalorização cambial). Já em setembro, as cotações foram pressionadas para baixo pela queda dos preços internacionais – previsões de chuvas no Brasil e finalização da colheita da safra 2020/21 no País, com consequente aumento da oferta no mercado externo. No mês de outubro, novamente, os preços foram pressionados pela queda dos valores externos, reflexo da desvalorização do Real frente ao dólar, do retorno das chuvas nos cafezais brasileiros e das preocupações quanto à demanda de café, devido aos novos casos de covid-19 e ao aumento das medidas restritivas.

No caso do trigo, os aumentos na produção esperada, de 19,95%, e nos preços, de 24,27% na comparação entre janeiro a outubro de 2020 e o mesmo período de 2019, explicam o avanço projetado de 49,06% no faturamento. Segundo a Conab, com a colheita chegando ao fim, a maior produção é reflexo dos ganhos produtivos (melhores condições climáticas, apesar de registros de intempéries climáticas no Sul e no Sudeste do País) e da maior área destinada à cultura. Com relação aos preços, a equipe Trigo/Cepea destaca que a alta foi reflexo especialmente do seu comportamento no primeiro semestre, influenciado pela desvalorização do Real frente ao dólar, pelo período de entressafra no Brasil e na Argentina e pela alta dependência das importações (escassez de trigo no mercado doméstico e firme demanda interna). Enquanto em setembro as cotações foram pressionadas para baixo pelo início da colheita da safra brasileira, em outubro, a retração de vendedores, a postura mais ativa de compradores e o real desvalorizado (que encarece as importações) novamente impulsionaram os preços no mercado doméstico.

Com relação à cultura do milho, a projeção de alta de 45,14% do faturamento anual é reflexo da alta de 41,64% nos preços reais na comparação entre períodos e do crescimento de 2,47% esperado para a produção anual. Apesar do crescimento modesto, a Conab aponta para uma produção recorde do grão, que está relacionada à expansão da área e dos investimentos realizados na cultura, visto que condições climáticas adversas limitaram o potencial produtivo na primeira e segunda safras em importantes regiões produtoras. No que se refere aos preços, segundo a equipe Milho/Cepea, no primeiro trimestre do ano e em maio, a elevação esteve relacionada à maior demanda pelo grão, à disponibilidade restrita e às incertezas quanto ao desenvolvimento da segunda safra. Em julho, agosto e setembro, a alta foi influenciada pela desvalorização do Real frente ao dólar, pelas firmes demandas externa e interna, pela elevação do frete, pelo bom ritmo das exportações, pelo baixo interesse de vendedores em negociar grandes lotes e pelo avanço nos preços internacionais. Especificamente no mês de outubro, as cotações renovaram as máximas reais da série do Cepea, ainda um reflexo da demanda aquecida e da elevada paridade de exportação (consequência do alto preço internacional e da desvalorização cambial).

No caso da soja, a projeção de maior faturamento anual (41,34%) reflete as altas nas cotações do produto na comparação entre períodos (35,53%) e na produção esperada para o ano (4,28%). De acordo com a Conab, a produção de soja atingiu recorde histórico, resultado da expansão da área destinada à cultura e dos ganhos produtivos médios, com importantes estados produtores apresentando produtividade recorde. A Companhia destaca que esse resultado se manteve, mesmo com o forte impacto negativo causado pelo desempenho da safra no Rio Grande do Sul. Para os preços, a equipe Soja/Cepea aponta que esses têm avançado rapidamente principalmente desde julho. Esse período foi marcado pelas firmes demandas, tanto das indústrias brasileiras quanto de importadores. Ademais, a alta foi reforçada devido ao baixo excedente interno. No mês de setembro, os preços foram impulsionados também pela valorização externa (devido à redução na produção dos Estados Unidos). Especificamente em outubro, em que as cotações atingiram novos recordes reais, o baixo excedente interno, o cultivo tardio no Brasil e a valorização externa elevaram os preços da soja no mercado doméstico.

Figura 2. Agricultura: Variação (%) anual do volume, dos preços e do faturamento – 2020/2019 com informações de outubro 

Com relação à cultura da cana-de-açúcar, a expansão esperada de 8,91% no faturamento é reflexo da alta nos preços reais, de 5,25% na comparação entre janeiro a outubro de 2020 e o mesmo período de 2019, e do crescimento de 3,48% na produção esperada. Segundo a Conab, a maior produção advém das estimativas de incrementos na área e na produtividade média (investimentos em tecnificação, melhorias de manejo e clima favorável). A elevação nas cotações reflete sobretudo o comportamento altista para o açúcar, como será retratado posteriormente.

No caso do algodão, a expansão no faturamento esperado é de 5,72%, reflexo principalmente da produção esperada 4,88% maior, visto o ligeiro aumento de 0,8% nos preços reais na comparação entre períodos. Segundo a Conab, a finalização da colheita confirmou a produção esperada recorde da cultura, resultado do incremento de área, dos grandes investimentos feitos no setor e dos ganhos produtivos. Com relação aos preços, a leve alta decorre sobretudo do seu comportamento a partir do mês de junho. Segundo a equipe Algodão/Cepea, em julho, as cotações foram impulsionadas devido à menor oferta no mercado spot (priorização do cumprimento de contratos) e à demanda ligeiramente aquecida (algumas empresas estiveram mais ativas na busca por novos lotes). Nos meses de agosto e de setembro, as cotações também subiram, reflexo da posição firme de vendedores, que priorizaram o cumprimento de contratos a termo, especialmente para exportação, e a realização de novos negócios internacionais, visto a paridade de exportação influenciada pela desvalorização cambial. O mesmo cenário marcou o mesmo de outubro, e os preços atingiram patamares recordes nominais da série histórica do Cepea.

Tabela 4. Agricultura: Variação (%) anual do volume, dos preços e do faturamento – 2020/2019 com informações de outubro

Com relação à laranja, a alta modesta esperada no faturamento (0,96%) é reflexo dos maiores preços reais (4,54%) na comparação entre períodos iguais, visto que se espera uma menor produção (-3,43%). De acordo com a equipe Hortifrúti/Cepea, a partir de abril, as variedades de laranja tiveram suas cotações pressionadas para baixo devido ao menor ritmo de comercialização (desaceleração da demanda no período de quarentena, clima mais ameno em maio e processamento industrial reduzido) e à intensificação da oferta de laranjas precoces e à menor qualidade das frutas (ausência de chuva) nos pomares paulistas. O movimento de queda de preços foi interrompido em julho, quando os valores foram impulsionados pela demanda industrial mais aquecida, pela menor oferta da fruta e pela safra mais tardia. Em agosto, mesmo com o início da colheita das variedades tardias em São Paulo, os preços seguiram em alta devido à disponibilidade controlada, reflexo da boa absorção das indústrias, da menor produção na temporada e da firme demanda para mesa, principalmente diante de temperaturas acima da média para o período. Em setembro, além da menor produção da temporada, os valores também foram impulsionados pela menor qualidade das frutas, prejudicadas pelo clima quente e seco. No mês de outubro, segundo a equipe, a baixa oferta de frutas de boa qualidade (frutas murchas e miúdas devido à estiagem prolongada) e a demanda elevada por citros (devido às altas temperaturas) impulsionaram significativamente as cotações.

Entre as culturas para as quais se projetam quedas no faturamento frente a 2019, destacam-se as que compõem a hortifruticultura. Para a batata, a projeção de queda (-33,57%) é reflexo dos menores preços reais (-25,08%), quando comparados períodos iguais, e da menor produção esperada (-11,34%). Segundo a equipe Hortifrúti/Cepea, nos meses de junho a agosto os preços foram pressionados para baixo pela demanda enfraquecida, mesmo com a flexibilização das medidas relacionadas à pandemia, e pela maior oferta dos tubérculos, devido à intensificação da safra das secas, ao início da safra de inverno e à antecipação do ciclo das primeiras lavouras na região de Vargem Grande do Sul (SP). Em setembro, segundo a equipe, já se esperava uma desvalorização nas cotações devido ao avanço da colheita da safra de inverno. Entretanto, as condições climáticas (onda de calor e seca) intensificaram a queda nos preços visto a maior oferta (antecipação do ciclo das lavouras) e a menor qualidade dos tubérculos. Especificamente no mês de outubro, houve valorização dos preços, visto a menor oferta dos tubérculos no mês – a colheita foi acelerada em setembro. Destaca-se que a desvalorização das cotações no período analisado só não foi maior por causa da acentuada quebra de safra na temporada das secas no Sul do País.

Para o tomate, a redução esperada no faturamento (-9,66%) é reflexo da projeção de menor produção anual (-2,87%) e dos menores preços reais (-6,99%) na comparação entre períodos. Segundo a equipe Hortifrúti/Cepea, de maio a julho, as cotações foram pressionadas para baixo pela maior oferta de tomate – devido às temperaturas mais elevadas (que aceleram a maturação) e ao avanço da safra de inverno – e pela demanda limitada por conta das restrições relacionadas à pandemia. Em agosto, os preços subiram, devido à menor oferta do tomate, com a desaceleração da primeira parte da safra de inverno e o frio intenso (maturação mais lenta). Em setembro, os preços foram impulsionados devido à redução acentuada na área destinada à cultura (que se iniciou em março, com a deflagração da pandemia) e ao início lento da segunda parte da safra de inverno. No mês de outubro, novamente houve valorização das cotações, devido: i) à temperatura um pouco baixa (reduz o ritmo de maturação); ii) à redução da oferta da safra de inverno; iii) ao início ainda lento da safra verão 2020/21; iv) à menor qualidade dos tomates (problemas decorrentes da falta de chuva); v) e ao aumento da demanda, reflexo da retomada gradual das atividades econômicas.

Em relação às atividades que compõem o segmento primário de base pecuária, conforme Figura 3, projeta-se crescimento do faturamento anual para todas, considerando as informações até outubro.

Figura 3. Pecuária: Variação anual dos preços e do faturamento 2020/2019 com informações de outubro

A suinocultura apresenta projeção de crescimento importante do faturamento anual (39,19%), resultante tanto do avanço dos preços reais (27,31%), na comparação entre janeiro a outubro de 2019 e de 2020, quanto do crescimento esperado para a produção anual (9,33%). Especificamente em outubro, a alta dos preços do suíno vivo foi intensificada, de acordo com a equipe Suíno/Cepea, chegando a registrar recordes reais em algumas praças. De modo geral, a alta foi explicada pela combinação de oferta restrita de animais prontos para o abate e bom desempenho das exportações. Além disso, os altos custos despendidos com insumos da alimentação fizeram com que produtores buscassem valores maiores, a fim de garantir a rentabilidade.

No caso da bovinocultura de corte, a projeção indica crescimento importante do faturamento anual (24,29%), conduzido pelo avanço dos preços reais (32,47%), na comparação entre períodos iguais, haja vista a redução esperada para a produção anual (-6,18%). De acordo com a equipe Boi/Cepea, especificamente em outubro, o preço do boi gordo registrou novo recorde real diário de sua série histórica acompanhada pelo Cepea. A média mensal, por sua vez, avançou 8,45% em relação ao mês anterior. Esse movimento continuou sendo explicado pela baixa oferta de animais em peso ideal para o abate e pela demanda aquecida, sobretudo para exportações. Em mesmo sentido, avançaram os preços de reposição (bezerro e boi magro), os quais registraram novo recorde real em outubro – o que se deveu à alta demanda de produtores, devido aos preços elevados do boi gordo, e à limitação da oferta de bezerros, em virtude do grande número de abate de vacas e novilhas no último biênio. Conforme destacado em relatórios anteriores, esse contexto pressiona as margens dos pecuaristas, os quais já se deparam com elevados custos de insumos para alimentação.

Para a avicultura de corte, o crescimento projetado do faturamento anual (2,13%) resulta da combinação de aumento de preços reais (1,51%), na comparação entre períodos iguais, e modesto crescimento esperado para a produção anual (0,61%). Conforme a equipe Frango/Cepea, a competitividade da carne de frango se intensificou no mês de outubro, o que garantiu o incremento da demanda de indústrias e frigoríficos por novos lotes frangos vivos. Com isso, a média mensal dos preços do animal registrou avanço frente a setembro.

Para a avicultura de postura, o crescimento do faturamento anual (18,01%) resulta da combinação de alta de preços reais (13,62%), na comparação entre períodos iguais, e crescimento da produção esperada para este ano (3,87%). Segundo a equipe Frango/Cepea, em outubro, as altas temperaturas registradas nas principais regiões produtoras de ovos afetaram a produção, elevando a oferta de ovos menores frente à dos tipos extra e jumbo. Com a menor disponibilidade, os preços dos ovos tipo extra se elevaram, atingindo a maior média mensal desde junho deste ano. O forte calor também resultou na mortalidade de poedeiras, o que tende a reduzir a produção e gerar reflexos no curto e no médio prazo.

Por fim, para a atividade leiteira é projetada expansão do faturamento anual (4,84%) em virtude do avanço dos preços reais (2,91%), na comparação entre períodos iguais, e do crescimento esperado para a produção anual (1,88%). Segundo a equipe Leite/Cepea, desde o início deste ano, o preço do leite no campo tem sido impulsionado pelo acirramento da concorrência das indústrias de laticínios pela compra de matéria-prima, haja vista a oferta abaixo das expectativas dos agentes. A situação da oferta foi agravada por condições climáticas desfavoráveis, sobretudo a partir de setembro, dada a redução do volume de chuvas no Sudeste.

SEGMENTO INDUSTRIAL: agroindústria segue em recuperação em outubro

Entre os segmentos do agronegócio, a agroindústria tem sido a mais prejudicada pelas medidas relacionadas à Covid-19. Mas, como destacado em relatórios anteriores, desde junho têm sido observadas recuperações mensais. Especificamente em outubro, a agroindústria cresceu 1,07%, com o crescimento acumulado no período expandindo para 4,47% (Tabela 1). Quanto à agroindústria de base agrícola, para a qual os efeitos da pandemia foram mais severos, após apresentar nova recuperação em outubro (1,05%), o PIB passou a acumular alta no ano, de 0,31% (Tabela 2). Já a indústria de base pecuária, teve altas de 1,29% no mês e de 19,48% no período (Tabela 3).

Na indústria de base agrícola, a variação anual do faturamento foi expandiu para 5,83% em outubro, resultado de preços médios 6,36% maiores e de queda de 0,5% na produção média do segmento – essa queda da produção chegou a ser de -5,39% na comparação entre períodos avaliadas em maio. Para a indústria de base pecuária, o aumento esperado no faturamento anual é de 12,01%, com preços 17,78% maiores e queda de 4,9% na produção.

No acompanhamento feito pelo Cepea para a evolução do PIB, as indústrias de base agrícola para as quais se espera crescimento do faturamento em 2020, com base em informações até outubro, são, apenas: moagem e fabricação de produtos amiláceos, açúcar, óleos vegetais e produtos de fumo. Para todas as demais indústrias de base agrícola, se espera queda do faturamento em 2020 (Figura 4).

Destaque é dado para a indústria do açúcar, em que os aumentos na produção esperada, de 40,4%, e nos preços, de 23,2% na comparação entre períodos, resultam no avanço projetado de 73,0% no faturamento. A Conab aponta que o setor tem destinado uma maior quantidade de ATR para a produção de açúcar em detrimento do etanol, com o intuito de reduzir os impactos da crise que atingia o mercado nacional de biocombustíveis, causado pela queda nos preços e volumes comercializados do etanol. Segundo a Companhia, essa estratégia teve respaldo das cotações do produto no mercado internacional (especialmente devido aos problemas climáticos que prejudicaram a lavoura tailandesa) e das indicações de demanda aquecida na Ásia. Com relação aos preços, a equipe Açúcar/Cepea evidencia que as cotações têm sido impulsionadas, de modo geral, pela projeção de déficit global (menor produção em importantes países produtores) e pela desvalorização cambial (que tem estimulado o aumento das exportações, e, consequentemente, reduzido a oferta no mercado spot). Esse cenário se manteve mesmo com a maior produção e também marcou o mês de outubro, com os preços avançando novamente. 

Com relação à indústria de óleos vegetais, o crescimento esperado de 40,2% para o faturamento anual reflete a alta de 33,0% nos preços reais, na comparação entre períodos, e o aumento esperado da produção, de 5,4%. Segundo a equipe Soja/Cepea, apesar de a pandemia ter frustrado as expectativas para o início do ano, a partir de junho, as cotações foram impulsionadas pelo aumento da demanda do óleo de soja. Em agosto, setembro e outubro, indústrias relataram dificuldades na aquisição do produto. Especificamente em outubro, algumas indústrias aproveitaram a isenção de impostos de importação de soja de países fora do Mercosul para continuar abastecendo o mercado nacional.

No caso dos biocombustíveis, espera-se redução de 10,1% no faturamento, tendo em vista a produção anual esperada 7,9% menor e a queda de 2,3% nos preços na comparação entre períodos. Segundo a Conab, a redução esperada na produção se deve à mudança de estratégia das unidades produtoras, em favor do açúcar, como já destacado. No que tange ao preço, a equipe Etanol/Cepea aponta que a redução é reflexo principalmente da menor demanda na atual temporada, em decorrência da pandemia – o que, em conjunto à queda nas cotações do petróleo, pressionou fortemente os preços sobretudo em março e abril. A equipe destaca que essa queda não foi maior devido aos aumentos nas exportações brasileiras de etanol e no uso de etanol para outros fins. De maio em diante, em geral, as cotações se recuperaram com a volta gradativa do consumo, por conta da flexibilização das normas de restrição, e com a vantagem competitiva do biocombustível frente à gasolina C. A equipe Etanol/Cepea ainda destaca que o mês de outubro foi marcado pela continuidade do reaquecimento da economia e aumento da mobilidade da população (redução das medidas de isolamento) e, consequentemente, da demanda por combustíveis.

Figura 4. Agroindústrias de base agrícola: variação anual do volume, preços reais e faturamento das indústrias agrícolas acompanhadas

No caso das indústrias têxtil e de vestuário, as projeções de queda de faturamento anual (-11,5% e -30,5%, respectivamente) são resultantes, principalmente, da queda na produção esperada para este ano (-11,4% e -29,1%, respectivamente). Como discutido em relatórios anteriores, estas indústrias foram fortemente impactadas pela pandemia, sofrendo influência do isolamento social, do direcionamento do consumo para alimentos e remédios e da condição econômica no País (aumento do desemprego e redução de salários). Ressalta-se que a flexibilização da quarentena e a retomada gradual das atividades econômicas têm possibilitado alguma recuperação para ambas as indústrias.

Referente à indústria de base pecuária, conforme pode ser observado na Tabela 5, as agroindústrias do abate e preparação de carnes e pescado e de lacticínios apresentam projeção de crescimento para o faturamento deste ano; por sua vez, a agroindústria de preparação de couros e calçados apresenta projeção de queda, o que se pode atribuir principalmente aos efeitos negativos da pandemia da Covid-19 sobre a produção desta atividade.

Para a indústria do abate e preparação de carnes e pescados, a projeção indica crescimento de 17,91% do faturamento anual, em função do avanço dos preços reais (22,15%), na comparação de janeiro a outubro de 2020 frente ao de 2019, uma vez que é esperada redução da produção anual dessa indústria (-3,17%). De modo geral, esse resultado reproduz o cenário de aquecida demanda e restrição do número de animais em peso ideal para o abate, refletindo sobre os preços das carnes. Concernente às carnes bovinas, segundo a equipe Boi/Cepea, o avanço dos preços foi mais intenso do que o observado para o boi gordo. No que se refere às carnes suínas, segundo a equipe Suíno/Cepea, em outubro, os preços atingiram novo recorde em termos reais. Os agentes buscaram ajustar os seus preços a fim de acompanhar a alta observada nos preços do animal vivo – todavia, houve relatos de dificuldades de repasse ao atacado, devido à resistência do consumidor interno. Para a carne de frango também houve avanço dos preços no mês. A proteína avícola ampliou a sua competitividade frente às carnes suína e bovina, alcançando a maior disparidade em termos reais de toda a série histórica acompanhada pelo Cepea, iniciada em 2004. Com isso, ao longo do mês de outubro, a carne de frango manteve a sua demanda aquecida, garantindo boa liquidez nas vendas.

Na indústria de derivados lácteos, a projeção indica crescimento do faturamento anual (4,24%), impulsionado pelo avanço dos preços (10,89%), na comparação entre períodos iguais, haja vista a redução esperada para a produção anual (-6,0%). De acordo com a equipe Leite/Cepea, em outubro houve enfraquecimento das vendas de lácteos, em virtude da pressão por redução de preços dos derivados pelos canais de distribuição. A equipe destaca que a valorização de alguns gêneros alimentícios nos últimos meses tem influenciado as decisões de consumo dos brasileiros e, diante disso, acirrado a competição entre as redes varejistas para atrair clientes com preços baixos. Em virtude disso, alguns laticínios registraram recuo de seus preços no mês de outubro. Ainda assim, os patamares observados neste ano são superiores aos de 2019.

Tabela 5. Agroindústrias de base pecuária: variação anual do volume, preços reais e faturamento das indústrias pecuárias acompanhadas

SEGMENTO DE SERVIÇOS: Agrosserviços seguem em expansão em outubro

O PIB dos agrosserviços do agronegócio brasileiro cresceu 2,33% em outubro. Com isso, a alta acumulada no período chegou a 14,74% (Tabela 1). Como visto nos últimos meses, o bom resultado dos agrosserviços é verificado tanto no ramo agrícola quanto no pecuário. Especificamente, no ramo agrícola, as altas foram de 2,71% em outubro e 10,25% de janeiro a outubro (Tabela 2). No ramo pecuário, o PIB do segmento cresceu 1,69% no mês e 24,48% no período (Tabela 3).

Como destacado em relatórios anteriores, o resultado positivo do PIB do segmento reflete a continuidade do abastecimento do mercado doméstico, apesar dos problemas logísticos e dos desafios impostos pela pandemia, e o excelente desempenho em termos de exportações, implicando em grande uso de serviços de comércio, transporte e armazenagem. Ademais, com o forte desempenho dos segmentos a montante, em especial da agropecuária e da agroindústria da pecuária, também há expansão da prestação de outros serviços às cadeias do agronegócio, como serviços financeiros, de comunicação, jurídicos, contábeis e de consultoria, entre outros.

CONCLUSÕES

O PIB do agronegócio brasileiro cresceu 2,78% em outubro e, com isso, a alta acumulada no período chegou a 16,81%. O PIB do setor cresceu lentamente em abril e em maio, devido aos impactos negativos da pandemia sobre diferentes atividades do setor. No entanto, desde junho, o cenário tem sido marcado por recuperação e aceleração do crescimento. Até setembro, o único segmento que acumulava redução no PIB era a agroindústria de base agrícola. Mas, após apresentar nova recuperação em outubro, o crescimento acumulado para esse segmento se tornou positivo.

No período, os segmentos primário e de agrosserviços mantiveram destaque, com altas de 40,08% e de 14,74% no PIB, respectivamente. Como destacado em relatórios anteriores, para os agrosserviços, o resultado positivo do PIB reflete a continuidade do abastecimento do mercado doméstico e o excelente desempenho em termos de exportações – implicando em grande uso de serviços de comércio, transporte e armazenagem – assim como a expansão da prestação de outros serviços às cadeias do agronegócio, como serviços financeiros, de comunicação, jurídicos, contábeis e de consultoria, entre outros – refletindo, sobretudo o forte desempenho da agropecuária e da agroindústria da pecuária.

Como também discutido em relatórios anteriores, o forte crescimento do PIB agropecuário reflete, pelo lado da oferta, a volumosa produção de grãos, com o país tendo produzido uma safra 2019/2020 recorde, e as expansões de produção de suínos, aves, ovos e leite. Por outro lado, reflete o forte avanço dos preços agropecuários reais, resultado dos aumentos expressivos na demanda, tanto externa quanto doméstica, e do alto patamar da taxa de câmbio.

Mas, alguns pontos relevantes devem ser reforçados novamente. Primeiramente, ressalta-se que se trata, em partes, de uma recuperação. O PIB desse segmento apresentou quedas sucessivas de 2017 a 2019, resultando numa redução acumulada de 20% nesses 3 anos. Nesse período, de 2017 a 2019, a queda na renda ocorreu mesmo com a produção agrícola tendo crescido quase 20%, refletindo um movimento desfavorável de preços. Em segundo lugar, no caso de alguns grãos, o uso de modalidades de comercialização que envolvem venda antecipada tem sido intenso. Por isso, a maior parte dos produtores não se beneficiou com a forte alta dos preços ao longo de 2020, pelo fato de que o aumento mais intenso ocorreu quando a maior parte da safra já havia sido negociada. Em terceiro lugar, os custos de produção também subiram, embora não nas mesmas proporções dos preços dos produtos.

ANEXO I – Evolução mensal do PIB DO AGRONEGÓCIO
A1) PIB do Agronegócio: Taxas de variação mensal e acumulado do período (em %)

A2) PIB do Agronegócio: Participações dos segmentos (em %) 

A3) PIB Volume do Agronegócio: Taxa anual (em %) A3) PIB Volume do Agronegócio: Taxa anual (em %) 

  • Nota técnica: O PIB Volume do Agronegócio trata-se do PIB do agronegócio calculado pelo critério de preços constantes. Resulta, portanto, a variação apenas do volume de produção. Este é o indicador de PIB comparável às variações apresentadas pelo IBGE.

A4) PIB do Agronegócio - METODOLOGIA

O Relatório PIB do Agronegócio Brasileiro é uma publicação mensal resultante da parceria entre o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ). O agronegócio é entendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária básica (ou primária), agroindústria (processamento) e agrosserviços – como na Figura que segue. A análise desse conjunto de segmentos é feita para o ramo agrícola (vegetal) e para o pecuário (animal). Ao serem somados, com as devidas ponderações, obtém-se a análise do agronegócio.


Áreas de atuação