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Suíno vivo: Cotação do animal vivo sobe e eleva preço da carne
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20 de fevereiro 2017
Por CNA

Por: Scot Consultoria

Os preços do suíno vivo no mercado independente seguem em forte alta nesta semana. As valorizações são atípicas para o período e motivadas pela redução na disponibilidade de animais terminados em todo o país.

Para o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, “a procura por suínos está alta no mercado. Os poucos animais disponíveis para abate estão leves. O cenário é promissor para o suinocultor, pois as exportações estão em um bom ritmo e o houve também reação no mercado interno”.

Desde meados de janeiro, a arroba do animal terminado acumula valorização de 32,9% nas granjas de São Paulo. O suíno está sendo negociado, em média, em R$101,00/@, um recorde para o período.

No levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, maior valorização da semana ocorreu no Mato Grosso, onde o quilo do animal vivo está cotado a R$ 4,10, subindo 10,81% na semana.

Mas, essas cotações que chegaram a bater recordes em algumas regiões já começam a ter reflexo nas agroindústrias. "Com a baixa oferta do suíno vivo, frigoríficos repassaram os aumentos à carne. Mas, diante das valorizações, a demanda final se desaqueceu e a liquidez se reduziu", diz o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em seu boletim semanal.

No atacado, as cotações atingiram recorde nominal. Segundo levantamento do Centro a carcaça especial fechou a R$ 7,99/kg no atacado da Grande São Paulo – até então, o maior valor nominal era de R$ 7,93/kg, observado em novembro de 2014.

O Cepea ressalta que por conta da redução na demanda os frigoríficos tem buscado alternativa para escoar o estoque. "Em algumas plantas, as atividades chegam a 50% da capacidade", diz.

"O comportamento do lado comprador começa a se mostrar mais lento, visto a época do mês (segunda quinzena), no qual o poder aquisitivo do consumidor diminui e também o forte calor influencia negativamente no consumo", diz a Consultoria.

Com isso, para os próximos dias a expectativa da Scot é que o mercado se mantenha firme, mas os preços praticamente estáveis.

Exportações
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o país embarcou 22,3 mil toneladas de carne suína in natura na primeira semana de fevereiro (três dias úteis). O volume médio destinado ao exterior é 20,9% maior neste mês do que em 2016. No acumulado do ano, os embarques totalizam 76,8 mil toneladas.

“O excelente desempenho dos embarques vem equilibrando a oferta interna de produtos neste início de ano, diminuindo os efeitos causados pela usual queda de consumo interno de proteínas no primeiro bimestre”, destaca o Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

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