Logo CNA

Preços dos lácteos têm forte queda em leilão internacional
Lacteos 2 2 5 0 58365800 1515009817

9 de março 2017
Por CNA

Por: Milk Point

A cotação média dos lácteos teve forte queda no leilão de ontem (07) da plataforma Global Dairy Trade (GDT), que serve de referência para o mercado internacional. O preço médio dos produtos recuou 6,3%, para US$ 3.512 por tonelada.

O preço do leite em pó integral foi um dos que registraram a maior queda. A tonelada foi negociada a US$ 2.782, queda de 12,4% e bem baixo dos patamares históricos de US$ 3.300 que haviam sido retomados recentemente. O leite em pó desnatado também despencou. A tonelada do produto caiu 15,5%, para US$ 2.118.

Para o analista Valter Galan, da consultoria MilkPoint, a forte desvalorização reflete um mercado especulativo em relação ao comportamento da oferta e da demanda. Fatores ligados à oferta, principalmente, estão influenciando as cotações internacionais, na visão do analista. Entre eles o aumento da produção de leite na Nova Zelândia em janeiro, a desaceleração da queda na produção da União Europeia e os estoques elevados de leite em pó na Europa.

Do lado da demanda, há a China que reduziu suas importações em janeiro deste ano, depois de fechar 2016 com alta nas compras. Segundo o acompanhamento da MilkPoint, com base em dados do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC), em janeiro o país asiático importou 141 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado, 8,4% abaixo do mesmo mês de 2016. Em todo o ano passado, os chineses importaram 604 mil toneladas dos dois produtos, 10,4% mais do que em 2015.

“A economia da China está crescendo menos, a produção no mercado interno está subindo e há maior importação de fórmulas infantis do que leite em pó”, comenta Galan.

Segundo ele, se os níveis atuais de preços no mercado internacional e o câmbio se mantiverem, as importações de produtos lácteos pelo Brasil devem continuar sendo estimuladas, especialmente no segundo semestre, período de safra nos países do Mercosul, como Argentina e Uruguai, que exportam lácteos ao Brasil.