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No semiárido, uso de fertilizantes sólidos pode reduzir mortalidade de mudas em até 40%
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29 de maio 2017
Por CNA

Por: Centro de Comunicação

Nas regiões semiáridas brasileiras, os agricultores enfrentam desafios diários em suas lavouras. Mesmo com terras férteis, a alta salinidade do solo, as elevadas temperaturas e os ventos fortes, características desses locais, podem resultar em estresse fisiológico à planta, dificultando o seu desenvolvimento. Para amenizar esses efeitos, uma adubação eficiente é fator essencial na produção.

Em Jandaíra (RN), o produtor Renato Finizola cultiva diversas hortaliças e frutas em sua propriedade. A fim de melhorar a absorção de nutrientes pela planta e superar as dificuldades do clima, no final do ano passado, ele optou por uma nova tecnologia na produção de banana. Com o uso de adubos sólidos, que unem fração orgânica e mineral, Finizola observou, entre outros pontos, a queda na mortalidade das mudas.

"Realizamos testes na lavoura. Após aproximadamente 15 dias da aplicação, conseguimos notar que no local de adubação convencional a mortalidade de mudas na área foi de 30% a 50%. Já onde foi feito o uso da tecnologia em fertilizantes sólidos, a perda não chegou a 10%", explica o agricultor. Além disso, Finizola destaca que no decorrer do ciclo produtivo, também notou melhora no desenvolvimento da cultura.

Segundo o engenheiro agrônomo Leonardo Porpino, gerente técnico da Alltech Crop Science, a matéria orgânica associada de forma uniforme aos minerais está entre os principais destaques dessa tecnologia. "Na natureza, um dos fatores que contribui para a absorção de nutrientes, é a matéria orgânica", afirma.

O uso de fertilizantes organominerais peletizados ainda permite uma liberação gradual dos nutrientes, devido, entre outros fatores, à dureza do pellet. "Isso possibilita uma uniformidade de distribuição e absorção conforme a necessidade da planta, evitando desperdício de elementos nutricionais. Dessa forma, elas crescem de maneira uniforme", ressalta Porpino. O agrônomo destaca, por exemplo, a melhora na absorção do fósforo. Na adubação convencional, em alguns casos, apenas cerca de 30% do que é disponibilizado deste nutriente consegue ser absorvido, com o uso da tecnologia a quantidade pode chegar a 80%.

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