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Em carta ao embaixador da França, CNA defende qualidade dos produtos do agro brasileiro
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19 de outubro 2017
Por CNA

Brasília (19/10/2017) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, encaminhou ofício ao novo embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet, para defender a agropecuária brasileira e esclarecer que a qualidade e a sanidade dos produtos nacionais são atestadas e aprovadas pelos mais de 160 países que importaram do Brasil em 2017.

Nesta semana, o embaixador francês disse, em almoço com jornalistas, que as questões de segurança alimentar devem fazer parte das tratativas nas negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia e sinalizou que a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, pode ser uma barreira para o diálogo entre os dois blocos.

No texto encaminhado ao diplomata europeu, João Martins defendeu o trabalho das autoridades brasileiras e das entidades do agronegócio para garantir a qualidade do produto brasileiro e a segurança alimentar dos consumidores nos mercados interno e externo. Neste contexto, um dos exemplos citados foi a carne.

“A carne brasileira é internacionalmente reconhecida por sua qualidade e sanidade, tal fato não é validado apenas por nós, mas pelos 164 países que já compraram nossas carnes neste ano. Esse sucesso comercial é fruto do esforço cotidiano de milhões de produtores rurais, trabalhadores das agroindústrias e funcionários públicos” justifica o presidente da CNA.

Martins acrescentou no texto que a Operação Carne Fraca, ao contrário do que afirmou o embaixador, “é a prova cabal do esforço das autoridades brasileiras para fortalecer a qualidade de nossos produtos”.

Ele disse que, em 2016, o comércio entre os dois países movimentou US$ 6 bilhões, dos quais 25% foram de produtos do agronegócio. Desta forma, alertou, “é preocupante que informações inverídicas sobre a produção brasileira sejam usadas na elaboração de posicionamentos franceses nas negociações em curso”.

E lembrou que a própria União Europeia recentemente teve sérios problemas sanitários, como nos episódios de uso ilegal de carne de cavalo para alimentação humana e o uso do inseticida fipronil em mais de 450 granjas europeias, sendo uma delas na França, que resultou na queda do consumo de ovos pela população europeia.

O presidente da CNA ressaltou os potenciais do acordo para a segurança alimentar das populações sul-americana e europeia e explicou que o desrespeito a regulamentações sanitárias prejudica todos os produtores rurais que comercializam seus produtos no mercado.

Na sua avaliação, um acordo entre Mercosul e União Europeia levará em conta “os mais altos padrões de sanidade” para garantir o acesso a produtos de alta qualidade. “Este trabalho pode constituir uma importante agenda positiva para a França e o Brasil”, frisou.

Martins concluiu reforçando que a união de forças é o melhor caminho para o bem-estar e para o sucesso dos produtores rurais e das populações dos dois países se mostrou à disposição para o diálogo em busca de um “diálogo construtivo e benéfico para franceses e brasileiros”.

Acesse o ofício na íntegra

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